VILHENA – Está sendo velado neste momento, no Memorial São Matheus, em Vilhena, o corpo do ex-morador de Colorado do Oeste, Secimo Mineiro dos Santos, executado com mais de 20 tiros de fuzil por invasores de terra, numa fazenda em Nova Mutum, distrito de Porto Velho, na última quinta-feira. Ele faria 61 anos no próximo sábado.

De acordo com o amigo, Tico chegou a tomar o fuzil de um dos atiradores, mas estava muito ferido e não conseguiu usar a arma.

Em Vilhena, onde o trabalhador assassinado será sepultado, moram as três filhas e o casal de irmãos que ele deixa. Outra irmã mora na cidade de Rolim de Moura

Relatando o clima de revolta na família, um parente de “Tico”, como a vítima era conhecida, deu novos detalhes do chocante assassinato e disse que a região onde aconteceu o crime está tomada por um bando armado e violento, que cometeu a selvageria para mandar uma espécie de recado.

De acordo com o entrevistado, Secimo “estava marcado para morrer” desde que levou uma equipe de policiais à fundiária da fazenda da qual era gerente, para que os militares derrubassem os barracos dos invasores, que há muito tempo estão acampados no local.

No dia do crime, os assassinos fizeram dois empregados da propriedade reféns e, quando o gerente apareceu, foi brutalmente metralhado. “Foi uma covardia, o Tico nem estava armado. Mesmo depois dele morto, os invasores continuaram atirando. Ele perdeu massa encefálica e o corpo ficou irreconhecível”, disse o familiar à reportagem.

Segundo o parente da vítima, a violência extrema empregada pelos assassinos teve um objetivo: “você acha que depois disso alguém vai querer ser gerente lá? É o que eles querem: aterrorizar para que a propriedade fique abandonada e eles entrem de vez.

Fonte: folhadosulonline.com.br

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