PORTO VELHO – Sem condições de aumentar mais uma vez o número de vagas o Lar Espírita André Luiz – Casa Leal no Bairro Igarapé está impossibilitado de acolher idosos da Capital e do Interior de Rondônia. A situação é delicada, mesmo com a ação voluntária de universitários, da Associação Beneficente Casa da União Novo Horizonte, e de colaboradores avulsos.

Os mais recentes telefonemas pedindo vagas à Leal são de autoridades de saúde e pessoas dos municípios de Buritis, Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé.

A Leal já tinha 50 idosos internados e recebeu mais 24 procedentes de um lar no interior, interditado pela vigilância sanitária. “Modificamos o ambiente, substituindo salas e ajeitando quartos para recebê-los”, contou a administradora Elcia Pereira de Souza, presidente da entidade.

Sandra Diniz, Marly Miranda, Leandro dos Anjos, Elcia Pereira e Laércio Espírito Santo

Embora a nova expectativa de vida estimada pelo IBGE passe dos 71 anos, dos 538 mil moradores em Porto Velho, mais de 35 mil são idosos, e alguns portadores de doenças crônicas e mentais são internados em quartos familiares, hospitais, e nos poucos lares que os acolhem em Rondônia.

Essa realidade é conhecida pela direção da Policlínica Oswaldo Cruz (POC), da Secretaria Estadual de Saúde, onde funciona o atendimento a pessoas idosas na Capital. De outro lado, a Casa do Ancião São Vicente de Paulo, no bairro Santa Bárbara Centro, também está superlotada e sua direção aguarda há anos a construção de um novo lar.

Marcelo Lima, da direção da Leal, conta que muitos idosos ali recolhidos vieram de estados nordestinos décadas atrás, em períodos do garimpo de ouro. “Muitos não construíram laços familiares e hoje dependem da nossa ajuda”, ele disse.

Por ali já passaram pessoas estrangeiras, notadamente de países sul-americanos, contou Lima.

VOLUNTARIADO

Quinta-feira à tarde, no ato de entrega de pacotes com fraldas descartáveis arrecadadas durante o mês de agosto, membros da Casa da União constataram outra vez a necessidade de se buscar cada vez mais voluntários para campanhas de fraternidade e solidariedade.

Laércio Espírito Santo, mestre assistente central da 1ª Região do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, disse: “É preciso que o voluntariado olhe para quem faz, e esta Casa está fazendo”.

DOMINGO TEM A 3ª EDIÇÃO DO
FESTIVAL ARTE COM AS MÃOS

Sandra Coura Diniz, do Núcleo São Miguel da UDV, e monitora da Casa da União Novo Horizonte, explica que a 3ª Edição do Festival Artes Com as Mãos, na Raviera Jeep, une a colaboração dessa entidade à promoção do artesanato e na alimentação de qualidade em Porto Velho.

“Tudo estava abafado pela pandemia, mas agora ficou disponível à população”, ela disse.

Segundo Sandra, o Lar Leal já vinha recebendo apoio com pequenas ações solidárias resultantes de eventos dos quais a Beneficência da UDV participa, entre os quais o Festival de Flores de Holambra.

Segundo Sandra, vem sendo ainda organizada uma miniexposição de produtos nas dependências da Assembleia Legislativa Estadual, onde também será feita arrecadação de fraldas descartáveis.

De acordo com o mestre presidente da diretoria administrativa do Núcleo São Miguel, Leandro Alves dos Anjos, no próximo dia 28, domingo, 84 expositores aquecerão a 3ª Edição do Festival, mostrando peças de artesanato recentemente confeccionadas, comidas típicas e música ao vivo.

“A população pode ter certeza de que participará de um evento bonito e estará contribuindo diretamente com o Leal e atendendo a outras necessidades de famílias carentes em Porto Velho”, ele assinalou.

MONTEZUMA CRUZ

Mudando a forma de fazer artesanto ?

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