RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 0:21



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Sem candidato, MDB se apequena em Rondônia, ou arma uma ‘arapuca’ para capturar e anular adversários de Confúcio?

PORTO VELHO (10-03) – O MDB (Movimento Democrático Brasileiro) continua sendo um grande partido, com maior capilaridade e densidade eleitoral em cada recanto deste Brasil. E em Rondônia não é diferente, em que pese, a pequenez de alguns de eventuais dirigentes de tempos em tempo.

O partido, que teve durante os anos mais duros do regime militar, a figura de Jerônimo Santana, o ‘Homem da bengala”, como resistência e presença marcante nestes rincões.

O palácio de vitrais azuis com vista privilegiada para o por do sol na Madeira é o alvo principal, não só do MDB

Emplacou os dois primeiros governadores do pós-regime militar, elegendo o professore deputado estadual eleito em 1982, Ângelo Angelim, e emplacou o próprio Jerônimo na eleição de 1986 – a primeira eleição geral no novo estado.

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Depois governou Rondônia de 1995 a 1998, Valdir Raupp de Matos e voltou ao Governo em 2010, com Confúcio Moura, que administrou o estado por dois mandatos.

Tem grande números de prefeitos – alguns encalacrados até o talo em processos de corrupção (lembram da operação reciclagem, de 25 de setembro do ano passado??) – e muitos vereadores.

Mas o partido se apequena nas eleições deste ano. E, pela ótica de alguns observadores, não dá nem para ser chamado de ‘noiva do processo’, já que anda mendigando um nome com densidade eleitoral que aceite ser seu candidato a governador em 2022.

Já insistiu com o deputado federal Léo Moraes, faz acenos constantes para o professor universitário Vinícius Miguel e, por último, rasteja-se para conseguir uma corona no barco da reeleição do governador Marcos Rocha, que vive batendo o bumbo de que recebeu o estado quebrado de seu antecessor.

E quem antecedeu ao atual Governo?

Pela movimentação e declarações do presidente regional do partido, deputado federal Lúcio Mosquini, o partido também conversa com o senador Marcos Rogério, que deve descer do muro, com a saída definitiva de Ivo Cassol do páreo.

Essa movimentação, mais uma declaração do deputado Lúcio Mosquini, dá a impressão de que o partido assimilou uma prática dos dirigentes nacionais da legenda de priorizar a eleição proporcional em detrimento de cargos majoritários.

E, porque será que, mesmo com tanta capilaridade e organizando em todos os municípios, nem Léo Moraes nem Vinícius Miguel não deram um sim ao MDB?

Os meus anos de cobertura jornalística da política em Rondônia, me leva a desconfiar que nenhum dos dois acreditam que a desistência do ex-governador e atual senador Confúcio Moura seja levada até o fim.

A desconfiança é a de que ao cooptar um nome forte, com a promessa de ser o candidato do partido, os discípulos de “El Carecon” – parafraseando o colega Carlos Sperança – estejam apenas tirando mais um nome do caminho para, então ressuscitar o nome do ex-governador.

Ainda mais agora, que Ivo Cassol continua inelegível e não mais participará da disputa.

Lembra da empolgação do falecido desembargador Walter Waltemberg, que se aposentou coam a promessa de ser o candidato do MDB a prefeitura de Porto Velho nas eleições de 2020.

Depois das promessas, teve de se contentar com uma candidatura a vereador…

Carlos Araújo, para o www.expresaorondonia.com.br






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