RO, Segunda-feira, 13 de maio de 2024, às 12:54



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PARADOXO IDEOLÓGICO – Com ampla maioria do eleitorado conservador, Porto Velho elege mais prefeitos de centro ou de esquerda

Amazônia é um verdadeiro pré-sal verde, diz especialista e Rondônia já tem projeto para a produção do biocombustível

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – As informações que se têm sobre o eleitorado de Porto Velho são de que ao menos 70 por cento dele tem tendência conservadora ou de direita. A constatação resulta das últimas apurações na Capital dos rondonienses, onde a ampla maioria dos que foram às urnas optaram por escolher candidatos de direita ou que representam o conservadorismo, como Jair Bolsonaro para Presidente; Jaime Bagattoli e Mariana Carvalho para o Senado e Fernando Máximo, Cristiane Lopes e Coronel Chrisóstomo para a Câmara Federal. A exceção foi a representante do PT, Fátima Cleide, que teve quase 9.500 votos. A verdade, contudo, que a história eleitoral de Porto Velho, em relação aos seus Prefeitos, aponta que até agora, nenhum, ou seja zero dos eleitos, representavam partidos conservadores. Porto Velho, até Hildon Chaves, sempre votou em partidos considerados de centro esquerda ou de esquerda desde a redemocratização, em 1982. Senão vejamos: o primeiro eleito foi Jerônimo Santana, em 1986. Era do MDB, forte oposição aos governos militares de direita. Tomás Correia, do MDB, sucedeu Jerônimo, na mesma linha política. Chiquilito Erse era do PTB, partido trabalhista de centro-esquerda, quando comandou a cidade até 1992.  José Guedes, seu sucessor, era do PSDB, que surgiu como um partido que mesclava vários políticos, mas a ampla maioria muito mais à esquerda do que à direita. Carlinhos Camurça, prefeito por dois mandatos, era do PDT, também um partido muito mais ligado às teorias socialistas do que conservadoras.

Roberto Sobrinho foi o único Prefeito do PT, com dois mandatos considerados bastante positivos. Acabou injustiçado, mas com apoio de Lula e depois de Dilma Rousseff, conseguiu grandes investimentos para a cidade. Foi o único representante da esquerda mais extrema a comandar a cidade. Mauro Nazif, do PSB, também sempre defendeu os partidos de esquerda e foi eleito deputado federal pelo mesmo partido. Por fim, Hildon Chaves, que era e é do PSDB, o mesmo partido de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, sempre mais perto das teorias do socialismo do que do conservadorismo, embora seja uma sigla que abrigue várias correntes, inclusive do conservadorismo. Ou seja, desde meados dos anos 80, quando recomeçou o sistema de eleição direta para Capitais, todos os prefeitos foram ligados à partidos muito longe da direita ou do conservadorismo. Com a nova configuração política, com a sociedade dividida entre direita e esquerda, quase que radicalmente, Porto Velho manterá seu histórico ou pela primeira vez escolherá alguém vindo do meio conservador e mais à direita, para governá-la? As urnas vão dizer, lá por novembro, depois do segundo turno…

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Candidatos se movimentam para outubro: esquenta também a sucessão em Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena

A sucessão em várias cidades do interior também movimenta o mundo da política rondoniense. Em Ji-Paraná, o favoritismo do prefeito Isau Fonseca, que vai à reeleição, continua forte. O problema dele foi o surgimento de Ari Saraiva como outro postulante, inclusive com o apoio de Ivo Cassol, um nome que é respeitado em toda a Rondônia e, obviamente, o é também na segunda maior cidade do Estado. Saraiva chega como ficha limpíssima e com uma boa relação de nomes para a Câmara Municipal a apoiá-lo e tende a ser a pedra no sapato de Isau, duas vezes afastado do cargo e duas vezes retornado, sempre por decisões judiciais. Em Ariquemes, a reeleição da prefeita Carla Redano tem se tornado cada vez mais real, a partir da união dos grupos políticos liderados pelo deputado Alex Redano, marido de Carla e de Thiago Flores, cuja esposa, Daiane Krause, será candidata a vice na chapa de Carla. Em Cacoal, só um alienígena ou quem chegou a Rondônia ontem, imagina que o prefeito Adailton Fúria não será reeleito. Todas as pesquisas dão a ele grande vantagem. Em Vilhena, há uma incógnita, O prefeito Flori Cordeiro Júnior começou com muitos problemas, principalmente relacionados com contratos na saúde, mas tem uma boa performance. Ainda não se sabe quem o senador Jaime Bagattoli, maior líder político da cidade, vai apoiar. Lá na frente se saberá e o apoio dele certamente será decisivo.

Amazônia é um verdadeiro pré-sal verde, diz especialista e Rondônia já tem projeto para a produção do biocombustível

Num cenário em que a transição energética se torna uma necessidade global, com o risco de se acabarem as energias não renováveis, como petróleo e carvão, é possível, em pouco tempo, transformar o Brasil em referência no desenvolvimento sustentável. Para que isso aconteça, é preciso uma ação coordenada entre os agentes públicos e privados. Só haverá avanços se estiverem envolvidos empresariado, governos, Legislativo e Judiciário. A síntese é do Milton Steagall, que comanda o Grupo BB&F (Brazilian BioFuels). Para ele, o centro do debate sobre preservação ambiental, a região amazônica brasileira tem à disposição um verdadeiro “pré-sal verde” a ser explorado. “São mais de 31 milhões de hectares de áreas degradadas disponíveis para serem recuperadas com o cultivo sustentável da palma de óleo, que permite a produção de biocombustíveis, biotecnologia e geração de energia renovável”. É dentro deste contexto de uma verdadeira revolução na criação de novas fontes de energia, utilizando-se a natureza, que um empreendimento liderado por rondonienses, apoiados em capital nacional e internacional, se prepara para criar o maior projeto de biocombustível que se em notícia no Brasil, com investimentos que chegam podem superar os 3 bilhões e 300 milhões de reais. Um dos líderes do projeto, Maurício Conti, concorda com o que apregoa o especialista Milton Steagall. Com imensas plantações de um tipo de palmeira, o projeto “Amazon Palm Macaúba” pretende revolucionar o sistema de aproveitamento da natureza para termos combustível em abundância, sem derrubar uma só árvore e ainda aproveitando tudo o que a Amazônia nos dá, para termos produção e renda para milhares de famílias.

Puro retrocesso! fim da desoneração pode tirar mais de 1 milhão de brasileiros dos seus empregos

Mais um golaço! Só que um gol contra. E contra o Brasil.  Por decisão que tende a ser confirmada por ampla maioria dos ministros do STF, atendendo pedido do governo do presidente Lula, a desoneração da folha de pagamento está sendo considerada inconstitucional, mesmo tendo outra interpretação do próprio STF no passado e mesmo depois da aprovação da manutenção do sistema pelo Congresso Nacional. A decisão, que começou de forma até agora monocrática pelo advogado do Presidente e hoje ministro Cristiano Zanin, já teve outros quatro votos contra os interesses do desenvolvimento do país e a favor do risco de desemprego. Caso mantida a posição do Supremo em derrubar a desoneração, há um risco imediato de pelo menos 1 milhão de trabalhadores demitidos país afora. Segundo o site da Record, o R7, os cortes de postos de trabalho podem bater nos 10 por cento entre os quase 10 milhões de funcionários contratados nos 17 setores que mais empregam e que estavam sendo beneficiados pela desoneração. A informação veio da Central Geral dos Trabalhadores, certamente a única que não é dominada por petistas ou representantes de partidos de esquerda. A desoneração, uma medida de proteção ao emprego, é adotada desde 2011 e valeria até 2027. Volta a valer os pesados tributos sobre a folha e cresce o risco de desemprego. Golaço. Contra!

Guajará: mais de uma dúzia de acusações pesadas contra prefeita afastada e esperança está na eleição de outubro

Guajará Mirim vive momentos de expectativa e preocupação. No primeiro caso, a espera é que, na eleição de outubro, finalmente a comunidade consiga eleger alguém para comandar a cidade que não se envolve em polêmicas e rolos, como seus últimos Prefeitos. A última eleita, Raíssa da Silva Paes e seu marido, Antônio Bento Nascimento, estão sendo denunciados por vários crimes pelo Ministério Público rondoniense. Embora algumas das denúncias do MP sejam reconhecidamente exageradas contra membros principalmente do Legislativo e do Executivo, onde há sim injustiças, elas nunca partem do nada. No caso de Guajará, os promotores estão fazendo mais de uma dúzia de acusações contundentes contra a Prefeita afastada e seu companheiro. Obviamente que a Justiça vai depurar e acatar aquilo em que considerar provas realmente fortes e que merecerão as investigações e os processos correspondentes. Por outro lado, a esperança dos guajará-mirienses  é de que a próxima escolha que eles farão nas urnas, enfim trarão uma administração proba e que atenda as imensas necessidades de uma cidade diferenciada, que tem sofrido muito nas mãos da classe política. Pelo menos dois bons candidatos, já se sabe, estarão no páreo: a prefeita interina Marinice Granemann e o ex-deputado estadual, de mandatos muitos positivos, dr. Neidson. Tomara que quem for o eleito, ponha Guajará nos trilhos!

O poder público faz, os vândalos destroem. Um exemplo são os novos banheiros do Parque da Cidade, que já foram atacados 

Infelizmente não é só aqui. Brasil afora, gente desequilibrada, que não respeita a comunidade, que vive sob o domínio do ranço e da inveja (entre outros sentimentos que não se pode citar em textos jornalísticos, porque a censura pública não aceita) andam por praças e outros bens públicos destilando todo o seu ódio e cometendo atos de vandalismo e destruindo tudo o que é de todos. Na nossa Capital, por exemplo, o Parque da Cidade, recém reformado, com pesado investimento e reinaugurado com uma semana de festas, já está sentindo o peso da presença desses meliantes. Basta se olhar como estão os banheiros recém entregues à população. No Espaço Alternativo, até há pouco, marginais se reuniam para fazer churrasco, arrancando a madeira de alguns dos equipamentos lá existentes, para alimentar o fogo. E há ainda outro tipo de criminoso, também vândalo, mas igualmente ladrão. Foi este tipo de gente que furtou mais de cinco quilômetros de fios em locais públicos, deixando tudo no escuro e obrigando o Poder Público a gastar grandes quantias para repor o que, muitas vezes, recém havia sido consertado. É uma pena que não haja leis duras contra esses marginais. Eles agem onde e quando querem, porque os bens públicos não estão protegidos e, raramente quando são pegos, entram por uma porta das delegacias e saem por outra. Se ao menos fossem obrigados a pagar os prejuízos que causam, já seria justo, mas são tratados por nossas leis que beneficiam criminosos, como se nada tivessem feito. Lamentável!

Perguntinha

Na sua opinião, o sumiço da mídia e o total silêncio do superpoderoso ministro Alexandre de Moraes e de suas decisões que têm sido muito contestadas, se deve à interferência estrangeiras, principalmente do bilionário Elon Musk; de pressões internas que se ensaiam do Congresso contra ele ou de ambos os motivos?






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