PORTO VELHO – Gigantes do fabuloso e rentável mercado de energia limpa começam a plantar suas bases em Rondônia, de olho no potencial econômico e na posição estratégica do estado – principalmente a capital, Porto Velho. A Orizon Valorização de Resíduos, com sua subsidiária Orizon Meio Ambiente, comprou participação de 51% no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), aqui em Porto Velho. A aquisição do centro de tratamento de resíduos marca a entrada da companhia na Região Norte.

A notícia praticamente passou batida entre os meios de comunicação de Rondônia, mas sites como Valor Econômico, Infomey, Finance News, para ficar em três exemplos somente, destacam a notícia nesta quarta-feira.

O biometano produzido pela Orizon num aterro em Paulínia (SP) abastece a térmica Paulínia Verde, joint venture da empresa com a Mercurio Partners e o Grupo Gera (Divulgação Mercurio Partners)

Mas, você sabia que existe um centro de tratamento de resíduos em Porto Velho?

Parece que estamos diante do anúncio da aquisição de algo que não existe e envolve empresas que movimentam quantias fabulosas em dinheiro.

A reportagem deste www.expressaorondonia.com.br contatou com autoridades municipais, especialistas e alguns interessados no assunto, mas não chegou a uma informação clara sobre a existência deste centro.

O site continuará investigando este assunto, diante da suspeita de que podemos estar lidando com uma noticia plantada – e muita bem plantada, se considerar o peso dos veículos que a veicularam – para gerar fato relevante no mercado de capital aberto.

Afinal, trata-se de empresa que negociam suas ações nas bolsas de valores e movimenta bilhões de reais.

A Orizon investiu, por exemplo, 240 milhões de para transformar lixo em biometano, na cidade de Paulínia, no interior de São Paulo.

Veja a notícia no link abaixo:

Orizon investe R$ 240 milhões para transformar lixo em biometano

O valor da operação não foi divulgado.

Em comunicado ao mercado, nesta quarta, 18, a Orizon destacou que Porto Velho é, hoje, uma das últimas capitais do Brasil sem solução adequada para o lixo e que a expectativa é, ao longo da vida do ativo, implementar a “exploração de biogás, créditos de carbono, energia elétrica, biometano, recuperação de recicláveis, dentre outras atividades”.

Controlada pela Inovatec Participações, a Orizon estreou em 2022 na produção de biometano e tem um plano de expansão que pode ampliar de 700 mil a 900 mil m3/dia a oferta de gás renovável ao mercado até o fim de 2025.

O pontapé da empresa no mercado de biometano aconteceu num aterro em Paulínia (SP), que produz cerca de 70 mil m3/dia.

O biometano é usado na térmica Paulínia Verde (15,7 MW), contratada no leilão emergencial de 2021. É uma joint venture entre a Mercurio Partners, Grupo Gera e Orizon.

O plano da Orizon é vender biometano para clientes industriais e distribuidoras a partir de 2024. De Paulínia, espera ofertar entre 180 mil e 200 mil m3/dia.

O aterro já está conectado à malha da Comgás, mas o início da comercialização ainda depende da construção de um ponto de entrega à rede de distribuição da concessionária.

O primeiro ciclo de expansão da companhia foi baseado na geração elétrica à biogás, mas o foco agora é o biometano.

A Orizon aposta em contratos indexados a indicadores nacionais, como inflação — o que tem aumentado a competitividade do produto frente ao gás natural de origem fóssil.

A intenção da companhia, no entanto, não é competir com o gás de origem fóssil, e sim vender o combustível renovável com prêmio, dado o seu atributo ambiental.

Carlos Araújo, especial para o www.expressaorondonia.com.br, com informações da EPBR, Infomey, Valor Econômico e Finance News

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