Rondônia possui um material audiovisual rico, criativo e genuinamente seu, porém, ainda desconhecido. O Museu da Memória Rondoniense (MERO) começa a mostrá-lo a partir de 20 de setembro, anunciou hoje em Porto Velho sua administradora, Liliane Sayonara.

“São filmes realizados de dois anos para cá com incentivo da Lei Aldir Blanc”, ela diz. Durante a série CineMuseu, o público poderá dialogar com os artistas.

Às 19h de terça-feira será exibido o documentário Dutka: Preciso falar de arte, produzido pela historiadora, pesquisadora e crítica de artes Nilza Menezes. Ela conta a história do artista plástico Flávio Dutka.

MEMO receberá mostrará audiovisuais relatando uma Rondônia artística ainda desconhecida

O MERO, administrado pela Fundação Cultural do Estado de Rondônia (Funcer), preparou-se para esses eventos, cumprindo o seu objetivo de preservar e valorizar a memória da cultura e do patrimônio cultural.

“Passado o delicado período da covid-19, queremos dialogar intensamente com segmentos, e desta maneira, proporcionar maior acesso e conhecimento dos bens culturais”, compromete-se Liliane.

O documentário a respeito de Flávio Dutka teve a parceria da Transcendental Filmes e da Nzinga Produções. Nele, o artista ensina o binômio vida e arte, buscando sempre a coragem e a resiliência.

A natureza no Baixo Madeira, sempre presente nas obras de Flávio Dutka

Paranaense de nascimento, Dutka se considera “rondoniano ou rondoniense de coração”. Ele é formado em História pela Universidade Federal de Rondônia (Unir), leciona há 14 anos história e artes em comunidades ribeirinhas do Baixo Madeira, concentrando suas atividades no Lago do Cuniã. Com isso, retrata em suas obras o cotidiano regional.

Liliane lembra que Dutka tem vasta produção artística e já expôs em diferentes lugares do Brasil e do mundo. “O MERO conta atualmente em seu acervo artístico com uma obra dele.”

Desde o dia 12 e até o dia 25 próximo, o MERO também proporciona a exposição DUTKA, Recortes, reunindo 15 obras produzidas entre 2019 e 2022. “É o olhar do artista sobre a paisagem e o meio em que vive, refletindo sobre suas memórias e lembranças da natureza, que podem existir ou não, mas que se complementam dentro da ideia do imaginário”, ela explica.

CINEMUSEU

Inaugurando a ação educativa inicialmente mensal do MERO, o CineMuseu visa à formação de plateia e difusão das produções cinematográficas regionais projetadas no auditório da Casa.

“Poderemos ampliar a quantidade de sessões mensais a partir da participação da população”, anunciou a administradora. Ela lembra que o MERO está localizado no Centro Histórico da Capital em área de fácil acesso. “As pessoas podem sair do seu trabalho ou escola e assistir gratuitamente um filme produzido em Rondônia e ainda conversarem com os realizadores”, ela assinala.

Ainda conforme a administradora, produtores, cineastas e e interessados em projetar no Cinemuseu, podem entrar em contato com a equipe do Educativo, pelo e-mail: [email protected]

Dutka, preciso falar de Arte
Idealização, produção: Nilza Menezes, escritora, cientista social, historiadora
Direção, cinegrafia: Jackson Fatel, fotógrafo, produtor audiovisual e cultural
Produção e Logística: Anna Vitoria Menezes, produtora cultural
Edição: Jheff Soares, editor, ator, produtor audiovisual
O MERO está aberto para visitação das 9h às 17h, de segunda a sexta feira. E no domingo, dia 25, das 9h às 11h.

 

MONTEZUMA CRUZ
Fotos do Arquivo MERO

Conheça as obras de Dutka no Museu ?

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