RO, Terça-feira, 07 de maio de 2024, às 21:52



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Mulheres são maioria no ensino superior no Brasil – Por Alana de Freitas Pires*

Alana de Freitas Pires*

PORTO VELHO – É importante refletirmos sobre as conquistas e desafios de ser mulher no mundo atual. Faz-se necessário destacar a importância do ensino superior como caminho para a superação de desigualdades de gênero. Neste cenário, em específico, as mulheres têm desempenhado um papel cada vez mais importante, tendo, nas últimas décadas, um aumento significativo de matrícula em faculdades e universidades, superando a presença masculina em muitos cursos e áreas de estudo. De fato, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, na segunda edição do estudo estatísticas de gênero, constata que a proporção de pessoas com nível superior completo em 2019 foi de 15,1% entre os homens e 19,4% entre as mulheres.

As mulheres ainda são sub-representadas em algumas áreas de estudo, bem como em cargos de liderança acadêmica. O censo da educação superior em 2019 mostrou que as mulheres correspondiam a apenas 13% das matrículas nos cursos presenciais de graduação na área de computação e tecnologias da informação e 22% na área de engenharia e profissões correlatas.

Já nas áreas relacionadas ao cuidado, a participação feminina é muito maior. O acesso à educação também se dá de forma desigual entre as mulheres. Em 2019, mulheres pretas ou pardas entre 18 e 24 anos apresentavam uma taxa de frequência ao ensino superior de 22%, quase 50% menor do que a registrada entre brancas (41%).

As mulheres ainda são ligeiramente minoritárias entre os docentes desse nível de ensino, representando 47% dos professores de instituições de ensino superior no Brasil. Além disso, as mulheres muitas vezes enfrentam obstáculos adicionais em sua busca pela educação superior, como a discriminação de gênero, a desigualdade salarial e as responsabilidades familiares e de cuidado.

Neste cenário, destaca-se o importante papel das instituições de ensino superior privadas que contribuem com a redução nestas desigualdades de gênero, garantindo maior acesso do público feminino em comparação com as instituições públicas.

O censo de ensino superior (2021) coloca a participação de mulheres em universidades públicas, em nível de Brasil, em 55,5%. Quando se compara com instituições privadas, temos o aumento para 61% a nível de Brasil, demonstrando um papel mais inclusivo destas instituições.

A presença crescente de mulheres no ensino superior traz benefícios significativos para a sociedade em geral, contribuindo para a diversidade de ideias e perspectivas, e criando uma cultura acadêmica mais inclusiva e igualitária. Que avancemos neste propósito a fim de criar um mundo mais justo e equitativo para todos.

*É pró-reitora em unidade de ensino superior, da Faculdade Estácio




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