PORTO VELHO – Dentro de quase um mês o governador Marcos Rocha terá, com certeza pela primeira e única vez, a oportunidade de falar para o Brasil, através da TV-Senado e, também, ganhar alguns segundos no noticiário das TVs abertas, mas o grande problema para ele deverá ser o discurso.

Marcos Rocha não será o único governador convocado pela CPI da Cloroquina, mas, no caso dele, a julgar pelo que terá pela frente ninguém menos que um postulante direto a ser cargo, o senador Marcos Rocha, também tem outro problema: o discurso.

Pelo que a população rondoniense assistiu durante a inauguração da ponte do Abunã, a fala e o comportamento de Rocha podem lhe causar problemas, agora, e daqui a um ano e meses. Como diz aquele preceito jurídico, “tudo que disseres poderá ser usado contra ti mesmo”.

Marcos Rocha não deverá, e, com certeza, nenhum governador, ser destratado como foram as duas médicas há alguns dias pelos líderes dos inquisidores, os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros, ferozes interrogadores de convidadas pela CPI e padrão de moral em terra de ladrões. Afinal, o que Marcos Rocha pode explicar. Aliás, os dois não queriam as convocações, temendo, sabe-se lá o que.

Marcos Rocha sempre tem dito que sua preocupação agora não é a campanha eleitoral de 2022, mas, bem ao contrário do discurso comum a todos seus antecessores. De frente para ele estará um potencial postulante ao cargo, o seu xará Marcos, só que Rogério, e senador.

E o senador desde o início do governo do “xará” tem sido crítico constante de atos e posições do Marcos governador, além de, na CPI, vem enfrentando, sem baixar, a guarda tanto o presidente quanto o relator e, com certeza, não perderá a oportunidade de questionar seu possível adversário na disputa de 2022.

Lógico, a “claque” que cerca o principal gabinete do 9º andar do CPA vai dizer ele terá um bom depoimento, mas para quem pretende disputar o governo no ano que vem é preciso ficar atento, porque também estarão de olho o eleitor, que já votou em Rocha uma vez, não pelo discurso, mas devido à “onda Bolsonaro” que em 2018 elegeu “n” ilustres desconhecidos.

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