RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 7:43



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Fim da reeleição – Proposta já nasce contaminada pelo casuísmo – Por Carlos Araújo

A proposta em tramitação no congresso para aprovar uma emenda constitucional eliminando a reeleição já nasce contaminada pelo casuísmo

Carlos Araújo*

PORTO VELHO – Depois de muitos anos sendo acusado pela sociedade de não cumprir com o seu papel de ser freio e contrapeso nas relações entre os poderes, parece que o Senado finalmente acordou. Meio que ‘à toque de caixa’ o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) resolveu bancar a emenda do fim da reeleição, apontado por muitos segmentos da sociedade como um passo importante para evitar que a administração pública trabalhe somente em função das próximas eleições, a cada dois anos.

No bojo deste PEC deverá vir também uma nova regra em que faça coincidir as eleições brasileiras, acabando com o que Rodrigo Pacheco classifica como ‘estado de permanência eleitoral’ no Brasil.

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Na verdade, o que o país necessita é do fim da reeleição em todos os níveis – inclusive para o Parlamento – como forma de acabar com o carreirismo político e os vícios que contaminam a atuação em favor de uma causa defendida pela população.

Pelas propostas em tramitação, o parlamento brasileiro continuará permitindo reeleições indefinidamente.

Isso resulta no carreirismo político, que tanto prejudica a ascensão de novos quadros à política e a renovação ou oxigenação dos mandatos eletivos.

É importante a mobilização da sociedade acompanhar o assunto e pressionar para que o fim da reeleição na política brasileira aconteça em todos os níveis.

Outro ponto importantíssimo desta proposta de emenda à Constituição é a definição de eleições gerais para todos os cargos no mesmo ano.

Isso vai acabar com o que o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, define como ‘estado de permanência de permanência eleitoral’ vivido pelo Brasil e que atrapalha o debate sobre o real desenvolvimento e as prioridades para o país.

Atualmente, o brasileiro volta às urnas a cada dois anos e uma eleição é sempre uma prévia para as próximas, em um sistema de repescagem daqueles fracassados na eleição de agora.

Quem perde agora, certamente, se credencia como candidatos na próxima eleição, daqui a dois anos.

É um ciclo sem fim…

A disposição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é aprovar a proposta ainda neste semestre, mas, se aprovada, ela só valerá a partir das eleições de 2030.

Será um semestre bem animado no Congresso, que finalmente resolve debater um tema que há anos vem sendo reivindicado pela sociedade.

*É jornalista editor-executivo do expressaorondonia e apresentador do programa A Hora do Povo, na rádio Rondônia FM

www.expressaorondonia.com.br






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