Os Estados Unidos retiraram pelo menos 4 mil haitianos da fronteira para serem processados em centros de detenção. Deste total, 523 foram deportados para sua terra natal em quatro voos, e as repatriações continuarão regularmente.
A informação do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos está na edição desta 5ª feira, 23, do jornal mexicano Excelsior.
Quase 10 mil migrantes, principalmente do Haiti, permanecem em condições cada vez mais graves em um acampamento improvisado que surgiu sob uma ponte que cruza o Rio Grande da cidade americana de Del Río, no Texas, até Ciudad Acuña, no México.
Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos, pediu aos funcionários da imigração que respeitem e tratem os migrantes que tentam cruzar a fronteira e chegar aos Estados Unidos com dignidade.
Ela própria telefonou ao atual secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas.
O pedido se deve também às imagens dos maus-tratos aplicados a migrantes haitianos por patrulheiros de fronteira.
Centenas de requerentes de asilo haitianos se reuniram 4ª feira em frente à agência de refugiados do México na capital e em abrigos na cidade de Monterrey (ao norte), enquanto migrantes desencorajados pela crise na fronteira dos EUA buscavam status legal no país.
Filippo Grandi, diretor da agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), alertou que as expulsões dos Estados Unidos para o país caribenho, que vive momentos de profunda instabilidade, podem violar o direito internacional.
[Montezuma Cruz]
