RO, Sexta-feira, 10 de maio de 2024, às 10:10



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Erro médico faz mulher tratar câncer inexistente por 6 anos em SP

Foto: utah778

A empresa Amico Saúde, de São Bernardo do Campo, foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar indenização de R$ 200 mil à paciente que tratou, por 6 anos, um câncer que não existia.

Entenda o caso:

  • Diagnóstico: Em 2010, uma mulher de 54 anos foi diagnosticada com câncer de mama e teve que fazer uma masectomia meses depois. Este diagnóstico foi correto, levando ao procedimento de retirada de seio (masectomia) depois.
Exame de 2010 mostra baixa probabilidade de metástase
  • Erro médico: Ainda no mesmo ano, em 2010, em outubro, ela recebeu diagnóstico de metástase óssea (quando o câncer se espalha pelos ossos), sendo direcionada ao tratamento de quimioterapia. Este diagnóstico, porém, não estava certo.
  • Anos depois: A paciente só descobriu a falha em 2017. Em 2014 ela mudou de plano de saúde e continuou o tratamento com adaptação. Quando o novo plano suspeitou do erro médico, foi solicitado um PetScan, exame de imagem capaz de detectar com mais precisão alterações no organismo.
  • Confirmação: No ano seguinte à descoberta do erro, o exame foi refeito e confirmado. Ela nunca teve metástase óssea. A informação, depois, foi confirmada por laudo pericial do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo.
  • Sentença: Uma Sentença Judicial condenou à empresa responsável pelo tratamento inicial a pagar R$ 200 mil em indenização à paciente. A defesa disse que ela sofreu grande angústia psicológica, além de dor crônica, insônia, perda óssea e de dentição e limitação dos movimentos da perna em razão das lesões nos ossos. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora, porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais”, defendeu.
  • Inexplicável: Nem a Justiça de São Paulo entendeu a razão pela qual a paciente recebeu, por tanto tempo, tratamento inadequado: “A metástase óssea foi anotada em determinado momento no prontuário e seguiu assim por anos, por inércia e erro dos médicos que atenderam a autora. Não se sabe se por negligência pura ou como medida de economizar na realização de novos exames”, diz o laudo.

Segundo a Justiça, a Amico Saúde pagou o valor da indenização à paciente no final de 2023.






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