RO, Sexta-feira, 29 de março de 2024, às 10:39



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BATENDO O DESESPERO -Janela partidária se fecha no sábado e deputados viram a madrugada na busca por um ninho seguro

PORTO VELHO – O prazo para o fechamento da janela da infidelidade permitida vai se afunilando e está batendo o desespero nos deputados que buscam se agasalhar em partidos onde eles pensam que serão os mais votados e assim usar candidatos menos conhecidos como escadinha para se manter no poder.

A janela partidária foi introduzida na legislação para beneficiar políticos que queiram trocar de partido sem o risco de perder o mandato.

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Na Assembleia Legislativa de Rondônia pelos menos 14 deputados ainda não conseguiram se agasalhar em um ninho seguro que lhes garantam a reeleição.

No ambiente político, o clima é de corre-corre nestes últimos dias, entre juras, promessas e muita traição, um dos principais componentes da política em todos os quadrantes do globo terrestre, mas, com certeza, muito mais intensa no Brasil.

Na Assembleia Legislativa o céu não é tão de brigadeiro para um grupo de deputados quanto aparece nesta foto

Em nível nacional, podem acontecer grandes reviravoltas, como a desistência do ex-juiz Sérgio Moro e a volta do governador gaúcho Eduardo Leite, que tenta reverter as prévias de seu partido, o PSDB, da qual saiu vencedor o governador de São Paulo, João Dória.

A partir desta sexta-feira, portanto, o troca-troca de partidos acaba e quem achou seu novo nicho, achou. Quem não achou, não acha mais e terá que disputar a eleição exatamente no partido em que está.

Em Rondônia, por enquanto, o União Brasil, o partido do grupo que está no poder, é quem mais conseguiu definir acordos que juram ser definitivos. No último sábado, em um grande evento em uma casa noturna de Porto Velho, o comboio governamental apresentou a relação dos nomes que vai lançar para disputar vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Sobre candidatura ao senado e a vaga de vice-governador, o partido oficial não dá um pio em público, enquanto trabalha freneticamente nos bastidores para cooptar os melhores nomes e colocar armadilhas no caminho dos adversários, um jogo inerente à política.

Para ilustrar melhor a dificuldades que os partidos têm na hora de compor suas chapas sem contar com nomes de outras siglas, como acontecia no sistema de coligações, o maior e mais organizado partido de Rondônia, o MDB está tendo dificuldade para fechar suas nominatas e, provavelmente não apresentará candidato a governador e ao Senado.

Como estamos vivendo tempos de silêncios dos bons, parece mesmo que aquele que bate no peito se dizendo o maior partido de Rondônia se ajoelhou aos caprichos de seu presidente regional, o deputado federal Lúcio Mosquini, que trabalha única e exclusivamente pensando em sua própria reeleição.

Seis secretários deixam o governo para concorrer

A 48 horas do prazo final para que se desincompatibilizem os ocupantes de cargos públicos ordenadores de despesas e de primeiros escalões, que queiram disputar as eleições, a grande dúvida ainda é: quem ocupará as vagas deixadas no primeiro escalão do governo do Estado? Pelo menos cinco secretários e uma adjunta já avisaram ao governador Marcos Rocha, que cairão fora do poder, para passarem pelo teste das urnas. Na saúde, sai Fernando Máximo, para disputar uma vaga à Câmara Federal. Na Educação, saem o secretário Suamy Vivecananda, que concorrerá à Assembleia e sua adjunta, Cristiane Lopes, que tentará mais uma vez, uma cadeira para a Câmara Federal. Outros dois postulantes ao Congresso são o secretário Evandro Padovani, da Agricultura e o diretor-geral do DER, Elias Rezende. O sexto elemento é o secretário da Sejucel, a secretaria do esporte e da juventude. Jobson Bandeira sai para concorrer ao parlamento estadual. Entre os que saem, também está Luciano Brandão, presidente da Emater, que deve ir a estadual, formando dobradinha com Padovani. Até a noite da segunda-feira, não havia qualquer indício de que o Palácio Rio Madeira/CPA fosse anunciar os nomes dos substitutos tão cedo. O que se ouve nos bastidores é que o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, terá importante influência na formação da equipe provisória, que irá com Rocha até ao menos a eleição. Aguardemos, pois, para confirmar ou não essa previsão.

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