RO, Segunda-feira, 23 de junho de 2025, às 17:02







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E Israel “ama” Jesus Cristo! — Professor Nazareno*

Professor Nazareno*

O Estado de Israel, criado em 1948 pela ONU, é um país de ampla maioria formada por judeus. Penalizados na época com o massacre do Holocausto perpetrado pelos nazistas, a maioria dos países vencedores da Segunda Guerra Mundial resolveu, com a ajuda do Brasil, “empurrar de goela abaixo” ao restante do mundo a criação do Estado judeu numa terra que, embora “prometida” a eles por Deus, estava há mais de dois mil anos sendo habitada por palestinos. E não precisa seguir nenhuma religião para saber o óbvio: foram eles, os judeus, há mais de dois mil anos que prenderam, torturaram e depois crucificam Jesus Cristo. Os judeus só toleram, porém nunca reconheceram e nem reconhecem Cristo como sendo filho de Deus. Hoje, mais de 70% dos israelenses são judeus. Uns 18% são muçulmanos e bem menos de 2% são cristãos na “terra de Cristo”.

Mas, como via de regra, quem tem uma religião geralmente segue somente os seus líderes sem se importar com a verdadeira história da sua própria fé, muitos cristãos brasileiros tecem loas a Israel, como na Marcha para Jesus, sem perceber que Israel moderno nada tem a ver com aquele Israel da Bíblia. A nação dos judeus hoje é um Estado fantoche criado e financiado pelos interesses das potências ocidentais para tomar de conta do petróleo produzido em partes do Oriente Médio. Na última reunião do G-7, por exemplo, os países participantes foram unânimes em afirmar, mais uma vez, que na atual guerra entre Irã e Israel os judeus têm todo o direito de se defender. Não observaram, no entanto, que foi Israel quem atacou primeiro. Logo, são os iranianos que têm esse direito, uma vez que foram atacados na surdina e sem que tenha havido uma declaração de guerra.
Portanto, ao se enrolar em uma bandeira sionista, como fazem muitos dos bolsonaristas evangélicos, pode ser uma burrice sem tamanho. É o desconhecimento total da história das religiões. O sujeito “mata e morre” defendendo Jesus Cristo a vida inteira e, quando pode, homenageia publicamente e sem conhecimentos, aqueles que no passado mataram o Messias que é motivo maior de sua crença. Realidade: apesar de Israel ser signatário da Agência Internacional de Energia Atômica nunca assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, o TNP. Por isso, fala-se que esse país possui entre 70 e 300 ogivas nucleares. Apesar de os judeus não permitirem nenhuma inspeção em seu programa nuclear, já determinaram que o Irã não pode ter uma só bomba atômica. Ao contrário, os iranianos, que foram atacados agora, são signatários da AIEA e também assinaram o TNP.

Aplaudir Israel e seus símbolos é compactuar com as atrocidades do atual governo sionista contra todo o povo palestino. Milhares de velhos, crianças e mulheres, todos desarmados, estão sendo submetidos às mesmas monstruosidades que Hitler impôs aos próprios judeus durante o Holocausto com o silêncio e a complacência das grandes potências mundiais. Israel, claro, se defende dessa desumanidade que está praticando na Faixa de Gaza dizendo que “quem não o apoia” é antissemita. Parece até que ao atacar o Irã, o governo israelense desvia a atenção do mundo para a perversidade que está fazendo com os palestinos em Gaza. Por tudo isso, o governo brasileiro devia rever as relações diplomáticas com Israel, mesmo sabendo que não são os judeus, de um modo geral, que estão levando o mundo para uma possível Terceira Guerra, mas o governo de extrema-direita de Netanyahu. Enquanto isso, os bolsonaristas põem é mais lenha na fogueira!

*Foi Professor em Porto Velho.

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