RO, Quinta-feira, 19 de junho de 2025, às 8:07







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Empresária é presa, acusada de explorar no trabalho infantil 4 crianças; 2 são seus filhos

As vítimas foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, que providenciará estudo social e acompanhamento psicológico

PORTO VELHO – Uma ação conjunta da rede de proteção à infância e adolescência, nesta quarta-feira, 27, resultou na prisão de uma empresária em Porto Velho, acusada de exploração de trabalho infantil. Quatro crianças, entre 9 e 12 anos, foram resgatadas da residência da empresária, que as explorava, colocando-as para vender doces nas ruas da capital.

Denúncia e investigação

A denúncia inicial chegou ao 4º Conselho Tutelar acompanhada de fotos e outros registros. Conselheiros acionaram a delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a Polícia Militar e o Ministério Público (MPRO). Após autorização judicial, foi cumprido o mandado de busca e apreensão na residência da suspeita.

Foto meramente ilustrativa – Internet/Google

De acordo com a delegada da Polícia Civil, Cheila Mara Bertoglio, as crianças estavam em condições insalubres. “Encontramos roupas sujas, colchões no chão e um ambiente precário. As crianças eram submetidas a metas de venda, comprovadas por um caderno com anotações acerca das metas de vendas que cada criança teria que cumprir.”, afirmou.

Ação coordenada e prisão

A empresária, conhecida por organizar eventos na cidade, foi presa em flagrante. A inteligência da Polícia Militar reuniu provas como imagens e fotos.

O promotor de Justiça André Almeida destacou a gravidade do caso. “O trabalho infantil noturno, sem qualquer condição de segurança ou dignidade, é inaceitável. Crianças precisam estar na escola e brincando, não expostas à exploração”, afirma.

Atendendo ao pedido do MPRO, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Vara de Proteção da Infância e Juventude, que analisou os pedidos cautelares com celeridade.

Proteção às crianças

As vítimas foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, que providenciará estudo social e acompanhamento psicológico. Duas das crianças são filhas da investigada, enquanto as outras pertencem a uma terceira pessoa, ainda sob investigação.

O caso reforça o papel da rede de proteção em combater o trabalho infantil. O Ministério Público segue acompanhando as investigações, que podem incluir outros crimes praticados contra as crianças.

Fonte: Gerência de Comunicação Integrada (GCI-MPRO)

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