RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 17:52



RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 17:52


Uso do celular ao dirigir já é responsável por quase 60 por cento de todos os acidentes do país

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Os números são nacionais, mas certamente poderiam serem trazidos para Rondônia e especial para Porto Velho: 57 por cento dos acidentes causados em todo o Brasil, tem como causa principal o uso ilegal do celular, enquanto dirige. Os dados são da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), que informa, ainda, que as principais vítimas são motoristas de ambos os sexos, de 20 a 39 anos. Um dos maiores perigos, que resultam em acidentes, muitos deles com vítimas feridas gravemente e até mortas, é o uso do celular para digitar mensagens, ao mesmo tempo em que o carro continua andando normalmente. Mesmo após o uso do aparelho, o motorista continua, por alguns segundos, com sua atividade cerebral totalmente desatenta em relação ao trânsito.

A desatenção tem causado milhares de acidentes em todas as ruas, avenidas e rodovias tanto estaduais quanto federais, com os motoristas usando seus celulares como se tivessem condições de fazer duas coisas ao mesmo tempo. Isso é impossível fisicamente. O cérebro não consegue atender ao uso do telefone e à necessária atenção que se deve ter no trânsito. Além disso, um flagrante de uso do telefone móvel pelo motorista, pode ainda doer no bolso: a multa para a infração, considerada gravíssima, é de 293 reais e, mais que isso, representa a perda de sete pontos na carteira. Dirigir e usar celular, ao mesmo tempo, é quase uma loucura!

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É bom compreender que o verdadeiro

7 de setembro será em 2 de outubro!

O dia foi de festa em Porto Velho, em Rondônia e no Brasil. Depois de muitas décadas em que o verde e amarelo foi colocado em segundo plano, o país foi inundado por bandeiras e por suas cores, com milhões de pessoas indo às ruas para comemorar o bicentenário da Independência. Por aqui, já na manhã da quarta-feira, saindo da Praça da Caixas D´Àgua, centenas de motos, carros particulares e caminhões se dirigiram ao Espaço Alternativo, onde houve grande concentração, com festa, discursos, bandeiraços, protestos e até um super churrasco, promovido pelo pessoal do agronegócio. Há muito não se via uma mobilização tão grande em praticamente todos os Estados, numa data comemorativa como esta. Nem no tempo dos governos militares, porque naquela época as demonstrações de amor à Pátria não eram, muitas vezes espontâneas, mas sim determinadas de cima para baixo. Agora não! Por exemplo: a mobilização na Capital, desde cedo, foi muito além do que se poderia esperar, em termos de participação em comemorações do Dia da Independência. Depois, no final da tarde, outra vez o povo saiu às ruas, daí para assistir a um grande desfile cívico-militar, na avenida Migrantes. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, multidões cantaram, festejaram e coloriram as ruas com as cores da nossa bandeira, tornando os 200 anos da Independência uma das maiores festas populares já registradas no país, em toda a sua história. Teve contornos políticos? Claro que teve. Com a divisão do país em dois campos – esquerda contra direita – a participação do povo nos festejos, sem dúvida, beneficiou o candidato e atual presidente Jair Bolsonaro. Não há como separar uma coisa da outra.

O que restou deste momento tão importante? Que não será fácil o povão aceitar decisões individuais que o prejudiquem, que tire seus direitos. Não será fácil para aprendizes de déspotas, eventualmente poderosos, imporem decisões contra a Constituição e contra a liberdade. Embora todas as pesquisas apontem que a eleição presidencial já está decidida e que Lula será o novo Presidente e que com seu programa à esquerda retornará ao comando do país, ficou claro que há milhões de brasileiros que não concordam com as pesquisas. Que podem até não aceitar Bolsonaro (e ele, muitas vezes, é pouco palatável, é verdade), mas que não aceita o domínio da Nação por teorias socialistas, cujos resultados trágicos se observa em toda a América Latina, praticamente e também mundo afora. Neste sistema de governo, só a elite é capitalista, vivendo bem, comendo bem, fazendo fortunas e impondo a socialização da miséria para todo o restante da população. Faltam apenas 24 dias para a eleição, a maioria dos brasileiros vai demonstrar o que quer realmente para suas vidas: se o sistema atual, com todos os seus defeitos e complexidades, mas com ampla liberdade ou se o torniquete de teorias que combatem o capitalismo apenas para quem não está no alto do poder. O verdadeiro 7 de setembro será em 2 de outubro.

Com pouca exceção, a mídia ignorou a manifestação popular das ruas e apenas atacou Bolsonaro, seu inimigo

Ainda sobre os eventos da quarta-feira, que levou multidões jamais vistas anteriormente às ruas do Brasil, seria cômica, não fosse trágica, a forma como a grande mídia tratou a massiva presença de brasileiros nas comemorações do Dia da Independência. Com exceção da Jovem Pan, em sua emissora de rádio, no seu site e na TV fechada, onde o apoio a Bolsonaro é explícito, todas as demais redes e demais sites ignoraram a festa popular, concentrando seus títulos e textos para esculhambar com o presidente Bolsonaro. Basicamente, para esta parte da imprensa brasileira, infelizmente sem compromisso com seu público e dissociada da verdade, apenas destacou o discurso do Presidente, exagerando em adjetivos negativos, dando conotação quase criminosa às palavras ditas às multidões, tanto em Brasília quanto no Rio de Janeiro, em defesa das suas crenças políticas. Fica parecendo que não houve grandes desfiles cívicos, acompanhados por milhares e milhares de pessoas. Só Bolsonaro era o alvo. Só ele é vilão. Uma tristeza para quem lembra o quanto a imprensa brasileira batalhou para ser respeitada e conquistar a opinião pública nacional. Agora, a parcialidade clara e notória falta de compromisso com a realidade, estão destruindo tudo o que gerações de jornalistas levaram anos para construir. Lamentável!

Na disputa ao governo: otimismo palaciano, saúde já, reuniões no interior e a mobilização da frente democrática de esquerda

Em Rondônia, os principais candidatos continuam correndo atrás do eleitor. Afinal, faltando pouco mais que três semanas para o pleito, ainda com possibilidade real de que haja segundo turno, os concorrentes que têm possibilidade concreta de chegar à reta final da disputa, em 30 de outubro, percorrem o Estado, falando em seus planos e pedindo voto. Marcos Rocha e seu grupo andam comemorando o que chamam de “grande receptividade” do nome do governador que busca a reeleição. A saída de Ivo Cassol da disputa animou ainda mais o grupo palaciano, que está muito otimista, esperando um resultado bastante positivo do pleito que se avizinha. Já o hoje principal adversário de Rocha, o senador Marcos Rogério, tem apostado mais em reuniões com grupos e lideranças. Rogério escolheu a saúde pública como principal mote da sua campanha, avisando que lançará o programa “Saúde Já”, nos primeiros dias de governo, caso eleito, para zerar filas de cirurgias, em parceria com hospitais do Estado. Léo Moraes percorre o interior, ao lado do seu candidato ao Senado, Expedito Júnior. O candidato do Podemos anda satisfeito com a aceitação do seu nome em várias visitas que tem realizado. Nesta semana, a dupla esteve em Jaru, Theobroma e Monge Negro, entre outras localidades, com recepção importante de prefeitos, vereadores e lideranças. Já Daniel Pereira tem feito muitos contatos com sindicalistas, instituições e reunido em torno do seu nome algumas das maiores lideranças que também apoiam a eleição do ex-presidente Lula. Ex-governador, Daniel também tem destacado realizações do seu governo, ao lado de Confúcio Moura. Seu nome tem crescido entre os rondonienses. Já os candidatos do PSOL e Agir, considerados nanicos, usam mais o horário eleitoral gratuito para darem seus recados, além de fazerem reuniões com simpatizantes.

Com quase uma centena de assinaturas, conselho do OAB repudia ataques duros da Anamatra ao presidente da entidade dos advogados

A tréplica veio com quase uma centena de assinaturas. Dirigentes da OAB rondoniense, de todos os setores, das subseções do interior, dos seus conselhos, tanto com o aval dos titulares quanto dos seus suplentes, assinaram documento de apoio ao presidente Márcio Nogueira, no caso em que ele foi atacado com uma nota duríssima e exagerada em seus termos agressivos, vindos da Amatra, a Associação que reúne os juízes do trabalho de Rondônia e Acre. Na nota, os representantes dos magistrados chamaram Nogueira de “nazista”, entre outros termos acima do tom do debate, porque o presidente da OAB denunciou que há juízes da JT que não residem em Rondônia e, alguns poucos, que jamais pisaram aqui, tomando suas decisões à distância. A denúncia também mereceu nota de protesto dos membros da Justiça Trabalhista, mas em tom que ´pode ser considerado dentro do normal, num confronto como esse. Na nova nota, assinada por todo o Conselho Seccional da OAB, foram consideradas “infelizes manifestações” da Amatra, repudiadas pela instituição que representa os advogados. Foi destacada a “postura ética e a forma respeitosa” com que Márcio Nogueira tem “em relação a todos os integrantes do sistema de Justiça”.  Noutro trecho, o Conselho da OAB destaca que “há oito meses sem dispor de agenda presencial, em Porto Velho, para dialogar com a entidade da advocacia. São inúmeros os relatos de advogadas e advogados de Rondônia a respeito da indisponibilidade de magistrados do TRT 14 para audiências presenciais. Essas audiências são um direito da advocacia e uma obrigação legal da magistratura”. Apesar não de fazer citação direta, a nota deixa a entender que as denúncias em relação ao fato de que magistrados não residirem no Estado são mantidas.

A bandidagem age em várias áreas da zona rural, com quadrilhas fortemente armadas

Organizados. Fortemente armados. Com roupas de policiais e máscaras que escondem seus rostos. Os bandidos estão cada vez mais ousados e com cada vez menos medo da polícia. Agem em várias regiões do Estado, mas descobriram que é na zona rural que podem atacar com menor risco. Nestas regiões, a presença da lei é esporádica e geralmente como resposta a alguma ação feita pelos criminosos. Nesta semana, este quadro lamentável se repetiu. Uma quadrilha com pelo menos oito integrantes roubou duas camionetas na região de dos assentos próximos à comunidade Joana D´Arc, aliás, uma área surgida depois que fazendas da região foram invadidas e tomadas na marra, sem que os antigos proprietários, ao menos até hoje, recebessem qualquer indenização. A polícia foi chamada e conseguiu localizar o bando. Os bandidos, com melhor armamento, tentaram matar os PMS que os confrontavam, mas nenhum policial, por muita sorte, foi atingido. Os bandoleiros, armados até os dentes e certamente já com estrutura preparada para uma retirada, caso necessário, entraram na floresta e desapareceram. Os veículos roubados foram recuperados, mas os criminosos continuam livres, leves e soltos. Prontos para atacar de novo. Aliás, como o estão fazendo em várias regiões rurais da Capital e do Estado.

Moro tenta criar um factoide, desafiando Lula para um debate “olho no olho”!

Desde que deixou a toga e entrou, verde e despreparado, para o complexo e indomável mundo da política, o ex-ministro Sérgio Moro não conseguiu dar uma dentro, como se diz na gíria dominada pelo brasileiro comum. Brigou com o presidente Bolsonaro, saindo do governo com acusações contra seu ex-chefe e que jamais foram comprovadas. Fechou a porta entre os bolsonaristas. Tentou ser candidato a Presidente, mas, depois de muitas trapalhadas, que incluíram troca-troca de partidos, nada conseguiu. Tentou concorrer ao Senado por São Paulo, com a infantil declaração de que residia num hotel, o que, é óbvio, a Justiça Eleitoral não topou. Candidatou-se então pelo Paraná, disputando a vaga contra ninguém menos do que seu maior mentor, Álvaro Dias que, claro, está muito à frente de Moro em todas as pesquisas. Agora, talvez na tentativa de criar um factoide que poderia ajudá-lo perante o eleitorado anti-lulista, Sérgio Moro foi às redes sociais desafiar o ex-presidente petista para um debate “olho no olho”.  Em seu Twiter, Moro escreveu: “Sai 17 Lula diz que vem a Curitiba. Acho que ele não tem coragem, mas se quiser estou pronto para debater sobre corrupção, olho por olho. O local ele escolhe, conhece bem a República de Curitiba”, ironizou no final. A proposta é de um amadorismo incrível. Lula, experiente e espertíssimo, jamais cairia numa armadilha dessas. Só teria a perder…

Perguntinha

Depois das manifestações pelo Brasil afora, neste Sete de Setembro, você acha que a maioria do povo brasileiro está mesmo mobilizada ou que as milhões de pessoas nas ruas são apenas uma minoria barulhenta?






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