PORTO VELHO – Requerida pela Ministério Público a apresentar a relação de alunos ou famílias que denunciaram a recusa de escolas públicas em matricular alunos portadores de necessidades especiais – o que é assegurado por Lei -, a OAB Rondônia apresentou, na manhã desta quarta-feira, 18, a relação das famílias que denunciaram ter negado o direito de matricular os filhos com deficiência em escolas públicas. O presidente da OAB-RO, Márcio Nogueira, e a diretoria da comissão especial de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, Peterson Lima, e Joseandra Reis, se reuniram com representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para tratar do assunto, que demonstra o quanto estamos atrasados em termos de cuidados com a educação.
É vergonhoso que em pleno ano de 2023, haja necessidade da louvável intervenção da OAB para que a rede de ensino cumpre sua obrigação.

Da Seduc, participaram a diretora geral de educação, Irany Oliveira, e a coordenadora regional de educação de Porto Velho, Ana Cristina. Juntos, eles abordaram as justificativas apresentadas pela maioria das instituições de ensino que negaram as matrículas: falta de professores especializados para alunos com deficiência.

Conforme Peterson Lima, a OAB-RO tem sido constantemente procurada por famílias que estão enfrentando dificuldades para garantir que seus filhos estudem. Durante a reunião, ele entregou uma lista mais de 40 famílias nessa situação.

“É extremamente errado você segregar e limitar o acesso à educação. Os prejuízos são os maiores possíveis para essas crianças e famílias que já têm, por si só, uma luta muito grande e encontram várias barreiras, inclusive essa: a educação. É um direito básico para todo brasileiro, garantido constitucionalmente”, aponta o presidente da Comissão.Um dos objetivos da comissão é justamente combater essa realidade, no sentido de explicar a necessidade de que a criança com deficiência tenha garantido o direito a estudar, com igualdade de oportunidades.

Em resposta, a Seduc firmou compromisso com a OAB, estabelecendo um prazo de 15 dias para dar um retorno sobre a adoção de medidas para as famílias.

Durante o encontro, o presidente Márcio Nogueira pontuou sobre a importância de combater a discriminação e garantir que alunos com deficiência tenham igualdade nos estudos. “É importante essa união da OAB com os órgãos de ensinos, para que isso seja combatido. O que a Ordem puder fazer, iremos fazer”.

A OAB-RO também está em contato com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para tratar sobre o mesmo assunto.

Fonte: Assessoria

Deixe uma resposta