PORTO VELHO – A reivindicação salarial dos policiais militares de Rondônia é apenas um dos problemas que estão por trás do bloqueio aos quartéis por mulheres de Pms. Há outros componentes, desde a falta de diálogo do governo Marcos Rocha – não apenas com os PMs, mas também com o restante do funcionalismo.

Pms argumentam que o governador assumiu um compromisso com eles, uma reposição de 8%, e não cumpriu, alegando impedimento legal. A corporação irritou-se.

Aa insatisfação da corporação com o Governo do Coronel é tão grande que consegue unir praças e oficiais na mesma reivindicação

Um desses compromissos de governo, mesmo que não tenha sido firmado pelo governador Marcos Rocha, foi reverter a economia que passou a ser feita com a introdução de tecnologia embarcada nas viaturas de patrulhamento, agilizando o trabalho de checagem e economizando tempo e recursos, assim como a lavratura de termo circunstanciado de ocorrência, que antes era atribuição apenas da Polícia Civil.

A economia veio, mas o compromisso com a melhoria salarial da Polícia Militar foi empurrada para baixo do tapete.

Justamente no governo de um coronel saído do seio da corporação.

Depois de muitas advertências, as mulheres de PMS em Rondônia fecharam vários quartéis no estado

Havia antecedente: uma determinação do próprio governador para reprimir abusos aos decretos relativos ao isolamento social, porém, em seguida, ele desautorizava o comandante da PM, que vinha aplicando a norma. Resultado disso foi a saída do oficial.

Um dos motivos teria sido uma patrulha ter localizado um grupo de graduados em uma pelada de futebol. Na ocasião, a patrulha teria levado uma espécie de “chá de estrelas”, e o caso abafado.

BRIGA DE ASSOCIAÇÕES

Outro problema que vem se desenhando no movimento de agora entre as esposas dos policiais militares é uma briga entre associações de policiais, que cresceu muito depois do mandato do então líder Jesuíno Boabaid como deputado estadual e, mais adiante, de sua esposa como vereadora. Ambos não se reelegeram.

Ex-deputado Jesuíno Boabaid (oriundo da corporação) e sua esposa ex-vereadora Ada Dantas, que ainda comandam a Asfapom (Foto – arquivo Facebook)

No interior surgiram novas lideranças que também agora estão de olho na disputa de vaga de deputado estadual, o que acontecerá em 2022, enquanto outros nomes, na Capital, também vêm buscando espaço, o que promete uma disputa muito mais intensa a partir da aproximação das convenções partidárias e da busca pelo voto nos quartéis.

SALÁRIOS

De qualquer forma, um problema que afeta toda a corporação é a salarial que, conforme participantes dos movimentos nas portas dos quartéis, “é um dos piores do País”.

        A tabela salarial da PM rondoniense é a seguinte

                          Salários de militares em Rondônia

Cargo                           Soldo Atual                Soldo com 8%

Coronel                                 R$ 14.595,19                      R$ 15.762,81

Tenente-Coronel                     13.224,70                           14.282,68

Major                                    11.559,39                           12.484,14

Capitão                                  9.590,50                             10.357,74

Primeiro-Tenente                    7.935,40                              8.570,23

Segundo-Tenente                   7.015,91                              7.577,18

Aspirante-a-Oficial                 6.334,31                              6.841,05

Subtenente                          6.258,42                                6.759,09

Primeiro-Sargento               5.349,14                                  5.777,07

Segundo-Sargento              4.743,44                                  5.122,92

Terceiro-Sargento               4.289,53                                  4.632,69

Cabo                                 3.532,04                                  3.814,60

Soldado                             3.237,21                                 3.496,19

Fonte: Governo de Rondônia

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