RO, Segunda-feira, 06 de maio de 2024, às 0:28



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POLITICA & MURUPI — RESSACA DE CINZAS E O FUTURO PEGANDO FOGO

1-RESSACA DE CINZAS E O FUTURO PEGANDO FOGO   

  1. Evoê Baco! Fim de papo, acabou o carnaval, o Brasil como faz todos os anos vai tentar sair da letargia dos primeiros meses e se Deus quiser, se os anjos disserem amém e se o tal do establishment permitir, – GAME OVER!!! – irá para mais um recomeço rumo ao futuro que nunca chega. A fantasia do corpo já saiu, mas a da alma continua. O Brasil não se reconhece sem a fantasia de maior do mundo. Somos o país com a maior carga tributária, campeão dos juros altos, vivemos em cidades violentas, não temos o básico em saneamento e água tratada e descobrimos a fórmula de driblar a falta de conhecimento: seguimos o método Paulo Freire e assim, deseducados e despreparados bradamos ao PISA e pesquisas de avaliação que somos os maiorais, acreditando na propaganda oficial. Nossa dificuldade é recomeçar de um ponto muito lá atrás. Para este ano teremos uma quebra relevante na safra e temos um rombo no orçamento geral impossível de ser coberto. Teremos outro ano perdido de várias décadas perdidas. Mas, ufanistas como somos, vamos conviver aplaudindo nossas vitórias: temos o maior carnaval do mundo, maior número de mortes violentas do mundo, maior facção criminosa do mundo (maior que a máfia), maior galo da madrugada do mundo e maior espera do mundo: SOMOS O PAÍS DO FUTURO.
  2. Nos anos 60 na Bahia, a Delegacia de Jogos e Costumes punia o folião que se excedia e se envolvia em brigas e bebedeiras trancafiando-os e soltando-os todos de vez, às 10 horas da quarta-feira de cinzas, sem processos, sem burocracia e da forma como foram detidos. Muitos ainda fantasiados, cara pintada e sem terem curado a carraspana. Era uma festa popular à parte, impensável nos dias de hoje. A imprensa fazia sua parte tirando sarro, mas sem publicar fotos e nomes mesmo se alguma autoridade estivesse no “Bloco das Cinzas”. O carnaval era do povo, mas como tudo, mudou e se profissionalizou com o dinheiro do tráfico, jogo do bicho e das milícias. Hoje o crime organizado é o dono da escola de samba patrocinador dos destaques, fantasias, etc, numa competição acirrada entre Rio e São Paulo, já que no Nordeste e até pouco tempo no Amazonas o estilo era outro. Mas é questão de tempo o crime organizado vai montar sua farra. E falando em crime, Sêo Lewandowsky, disse que em razão do natural relaxamento das pessoas entre terça de carnaval e quarta-feira de cinzas, dois periculosos presidiários fugiram da penitenciária de “segurança máxima” em Natal. Aqui em Pimenta Bueno tivemos uma fuga, mas nem se pode reclamar. Afinal aqui a prisão ou era de segurança média ou mínima. Chose de loke!
  3. As apostas viraram barbada. Já não se fala em SE, mas QUANDO Bolsonaro e família serão presos. A foto do Bozão atrás das grades é o trunfo, que Sêo Lule precisa para ganhar as eleições para prefeitos aí no Brasil e pelo andar da mula véia continua sendo difícil bater o Capitão Desbocado e sem mandato. Uma pesquisa séria do Instituto Paraná Pesquisa revela que o povo não se recorda de nada que Sêo Lule tenha feito de bom no seu primeiro ano de mandato e para desespero de quase todos, Bolsonaro continua juntando muita gente por onde passa. E a guerra das pesquisas começou. Institutos pouco conhecidos do público desmente o IPP-Instituto Paraná Pesquisas. Mas o bagúio tá feio pro Sêo Lule…
  4. O Brasil é um país de malucos. Aqui temos a pré-campanha eleitoral que é uma campanha que não é campanha, pois a campanha só pode acontecer no determinado período em que o Tribunal Eleitoral der a ordem. Para ninguém passar pelo que Moro está passando, já que pode até ser cassado, o melhor é continuar fazendo reuniões a portas fechadas, sem gravação via celulares, pagando pelo voto que se pretende conquistar via pix emitido pelo “cabo eleitoral”, gastando sola de sapato e fazendo o que a lei proíbe por debaixo dos panos. Pedir votos em público pela imprensa ou redes sociais nem pensar. No máximo pode-se afirmar que “sou um soldado e na hora certa, se for a vontade dos meu partido estou pronto a colocar meu nome pra apreciação”. E assim, já conhecemos os nomes mais incensados na disputa por exemplo, para a prefeitura de Porto Velho. Aliás e pelo jeito como as coisas estão sendo postas, é possível que tenhamos a eleição da primeira mulher portovelhense para ocupar a cadeira no Prédio do Relógio. Olha, o máximo que Porto Velho vivenciou em termos de comando feminino foi a eleição de Cláudia Carvalho como vice do Roberto Sobrinho e que certo dia, desiludida, repetiu a fala de Odaísa Fernandes que foi vice do Ivo Cassol: “A caneta do vice não tem tinta. É a realidade que enfrentamos. A figura do vice deveria desaparecer, uma vez que é apenas uma figura ilustrativa”.

2-O ÚLTIMO PINGO

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Agricultura não é o forte de Sêo Lule. Depois de plantar (ou seria talvez replantar?) uma oliveira, uómi perguntou quanto tempo a oliveira daria uvas. Ô glória! Não sei se Se Sêo Lule confundiu oliveira com pé de cana ou se sua mente é toldada por eflúvios vinícolas. Garante Zé de Nana que é chegado num goró, que a cara congestionada de Sêo Lule não engana: “uómi gosta mutcho do mé de alambique”.

 3-PONTO FINAL

A montanha pariu um catita. A altercação, xingamento, bate boca ocorrida num aeroporto europeu com a família Montavani e Sêo Alexandre Moraes foi, segundo a PF, uma espécie de nadica de nada que não mereceu sequer o indiciamento por se tratar de injúria real. Vejam só: sete longos meses para que a verdade que já se sabia viesse a público. Quanto dinheiro público gasto para manter a narrativa do plenipotenciário do STF e que desde o primeiro momento não se sustentava. Lamentável.

Por Leo Ladeia | [email protected] 





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