RO, Quarta-feira, 19 de março de 2025, às 7:57





PMMA é letal e deve ser banido da prática médica no Brasil, defende líder dos médicos brasileiros, rondoniense Hiran Gallo, presidente do CFM

BRASÍLIA – Em entrevista ao Jornal da Record e reproduzida no canal Record News. o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), o rondoniense José Hiran Gallo, abordou temas importantes para a prática médica no Brasil, incluindo a proibição do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos estéticos, a importância da verificação da qualificação médica pelos pacientes e a proliferação de cursos de medicina no país.

Hiran Gallo enfatizou a necessidade de banir o PMMA do mercado brasileiro, destacando os riscos associados ao seu uso em procedimentos estéticos. Ele explicou que, uma vez aplicado, o PMMA se integra ao tecido de forma permanente, tornando sua remoção praticamente impossível. “Primeiro que o Conselho Federal de Medicina não age com achismo. Tudo é embasado em literaturas bibliográficas e na ciência.

O PMMA quando é aplicado no tecido, ele entremeia no tecido e não consegue sair mais”, afirmou. O presidente do CFM ressaltou que complicações decorrentes do uso dessa substância incluem formação de nódulos, processos inflamatórios crônicos, deformidades irreversíveis e até mortes. Diante desses riscos, o CFM encaminhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma recomendação para a proibição do PMMA no país.

O presidente do CFM alertou para a importância de os pacientes verificarem a qualificação dos profissionais antes de se submeterem a procedimentos médicos, especialmente os estéticos. Ele orientou que as pessoas consultem o site do CFM para confirmar se o médico possui o Registro de Qualificação de Especialista (RQE). “Se você entrar e não encontrar o RQE desse médico, sai de perto. Porque ele não está preparado”, aconselhou Hiran Gallo. Ele também mencionou que o CFM tem intensificado a fiscalização e que, mensalmente, cerca de três a quatro médicos têm seus registros cassados por diversas infrações.

Expansão dos Cursos de Medicina

Hiran Gallo expressou preocupação com o aumento do número de cursos de medicina no Brasil, observando que muitos não oferecem formação adequada aos futuros profissionais. Ele destacou que, atualmente, 70% das escolas de medicina são privadas e que a falta de qualidade na educação médica pode resultar na formação de profissionais mal preparados. “Hoje, na realidade, um aluno que adentra numa escola e não recebe os ensinamentos mínimos necessários, ele será um péssimo médico”, afirmou. Em resposta a essa situação, o CFM passou a apoiar a implementação de um exame para que médicos possam exercer a profissão, similar ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Fonte: R7.com





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