RO, Segunda-feira, 06 de maio de 2024, às 7:44



RO, Segunda-feira, 06 de maio de 2024, às 7:44


Pesquisadores defendem estudos sobre possibilidades de extinção humana

Os possíveis resultados catastróficos das mudanças climáticas — incluindo até mesmo a possibilidade de extinção dos seres humanos — não estão sendo levados a sério o suficiente pelos cientistas, diz um novo estudo.

Os autores dizem que as consequências de um aquecimento global mais extremo são “perigosamente pouco exploradas”, informa o portal BBC Brasil.

Os cientistas do estudo argumentam que o mundo precisa começar a se preparar para a possibilidade do que eles chamam de “resultado final” do aquecimento global. Eles também fazem um apelo aos cientistas da ONU para que investiguem o risco de mudanças catastróficas no ambiente.

- Advertisement -



De acordo com esse novo estudo, as maiores tentativas de abordar como as mudanças climáticas levariam a uma catástrofe global foram feitas por livros de ciência popular, como A Terra Inabitável, de David Wallace-Wells, e não por pesquisa científica convencional.

Nos últimos anos, os cientistas do clima estudaram com mais frequência os impactos do aquecimento de cerca de 1,5°C ou 2°C acima das temperaturas observadas em 1850, antes do início da industrialização global.

Ela foi considerada por mais de quatro décadas uma das teorias mais belas (e criticadas) da ecologia.

Na década de 1970, James Lovelock, um biólogo britânico, propôs uma hipótese que causou escândalo, admiração e suspeita em proporções iguais.

Ele disse que a Terra estava viva.

Lovelock, que trabalhava na época para a Nasa (agência espacial dos EUA) e era considerado um cientista respeitável, não se embasava em crenças animistas.

E embora tenha a chamado de hipótese de Gaia, referindo-se à deusa primordial da mitologia grega, ele embasava suas ideias em paradigmas científicos.

Com sua pesquisa, vislumbrou um sistema que refletia o equilíbrio (e a relação) entre os seres vivos e o resto do planeta.

A hipótese, que estudos posteriores transformaram em teoria, se tornou popular nas universidades do mundo todo e foi central para o entendimento sobre o impacto humano no clima.

E embora tenha sido questionada à exaustão, também consagrou seu principal teórico. Ele morreu em 26 de julho, no mesmo dia em que completou 103 anos.

Considerado um dos biólogos mais importantes do século 20 no Reino Unido, Lovelock realizou também uma contribuição especial por seu descobrimento de que era possível medir a concentração atmosférica de clorofluorcarbonos, os compostos que eram usados para esfriar geladeiras e o ar-condicionado.

Isso levou ao descobrimento do buraco na camada de ozônio e à proibição dos los clorofluorocarbonos em 1987.

Ele também criou um dispositivo ainda usado para medir a propagação de compostos tóxicos criados por humanos na natureza, o que cimentou suas teorias sobre a ação humana sobre o planeta.

No entanto, o que o deixou mais conhecido internacionalmente foi sua hipótese que começou a ver a vida na Terra como um sistema em que cada ser vivo tinha um papel: Gaia.






Outros destaques


+ NOTÍCIAS