PORTO VELHO – Quando a votação se iniciou neste domingo, 2 de outubro – data em que Porto Velho celebra 114 anos da lei que criou o município, o eleitor rondoniense, pela 10ª vez, escolhe seu governador, contadas aí as vezes em que  houve necessidade de returno. Este ano, na 10ª edição da votação para governador, caso nenhum dos candidatos ao cargo consiga levar no 1º turno, a ser realizado neste 2 de outubro, teremos a votação de segundo turno, em 30 de outubro.

Estado criado em 1981, instalado no ano seguinte, quando aconteceu a primeira eleição estadual (votos só para senadores, 3; deputados federais, estaduais, prefeitos – menos Porto Velho e Guajará-Mirim, e vereadores). Àquela altura eram 13 municípios, hoje são 52.

Em 1981, quando da elaboração da lei que inseriu na Bandeira Nacional sua 23ª estrela, ao eleitor rondoniense ficou proibida a escolha do governador, como seria em 1982 nos outros 22 estados, por isso o rondoniense continuou governado por um nomeado pelo presidente da República.

No caso continuou Jorge Teixeira, desde 1979 no cargo governando o Território, e certamente seria eleito primeiro governador, caso a lei permitisse e ele tivesse sido candidato. Em 1985 passou a função ao também nomeado, Angelo Angelin, a quem competiu transmitir a função ao eleito no ano seguinte.

AS ELEIÇÕES

1986 – Deputado federal em 1970, 74 e 78, Jerônimo Santana, derrotado em 1982 na tentativa de ser senador da República, era uma espécie de candidato natural do PMDB, e um ano antes havia sido eleito prefeito de Porto Velho, o primeiro desde 1926.

Em 1986 Jerônimo ganhou – era época, ainda de turno único – obtendo 153 mil votos contra 69 mil de seu principal adversário, o ex-deputado estadual Jacob Atallah.

1990 – Ao fim do 1º turno o senador Olavo Pires liderou, seguido pelo ex-prefeito de Rolim de Moura Valdir Raupp. Mas a 16 de outubro Olavo Pires foi assassinado e a Justiça Eleitoral convocou o 3º colocado, o deputado estadual Osvaldo Piana, que fora o 3º mais votado no turno.

No returno Osvaldo Piana venceu com quase 50 mil votos a mais seu adversário, Valdir Raupp.

1994 – Outro ano de turno e returno. Os principais candidatos eram o ex-prefeito de Rolim de Moura Valdir Raupp e o ex-prefeito de Porto Velho Chiquilito Erse, que ficou em 2º lugar no turno.

Ao fim do returno Valdir Raupp foi eleito.

1998 – No turno o governador Valdir Raupp, que pleiteava a reeleição, já fora derrotado pelo seu principal adversário o senador José Bianco.

2002 – José Bianco tentou a reeleição, mas foi derrotado pelo ex-prefeito de Rolim de Moura Ivo Cassol, tanto no primeiro quanto no segundo turno.

2006 – Ivo Cassol ganhou no primeiro turno e, até à eleição deste domingo, 2.10.2022, é o único que não precisou de segundo turno.

2010 – O ex-deputado federal e ex-prefeito de Ariquemes Confúcio Mouta ganhou no segundo turno, com uma diferença de 135 mil votos de seu adversário e governador interino, João Cahulla.

2014 – O governador Confúcio Moura torna-se o 2º reeleito, ganhando no returno de seus adversários o ex-senador Expedito Júnior com diferença de 40 mil votos.

2018 – Totalmente desconhecido na arena política, mas aproveitando a “onda Bolsonaro”, o coronel Marcos Rocha vence seu adversário no returno, Expedito Júnior, por quase 300 mil votos de diferença no returno.

Lúcio Albuquerque, especial para o www.expressaorondonia.com.br

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