RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 5:25



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Operação Zayn tenta neutralizar quadrilha que deu prejuízo de mais de 100 milhões de reais em 5 anos

VILHENA – As polícias Rodoviária Federal e Polícia Civil aturam em conjunto nesta quinta-feira, numa operação de busca a apreensão em Vilhena, no âmbito de uma grande operação em que foram executados, 44 mandados judiciais de busca e apreensão para pessoas físicas e jurídicas, e expedidos 56 mandados de busca e apreensão para veículos, que estão proibidos de circular.

A ação foi desencadeada em virtude da Força Tarefa entre Polícia Civil de Goiás (PCGO) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), que deflagrou, hoje, 30, a Operação Zayn, que desarticula organização criminosa que atuava em oito estados. Integrantes da Polícia Rodoviária Federal e da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas lideraram os levantamentos, que individualizaram as condutas, identificaram bens e patrimônios da organização criminosa e coletaram evidências.

 

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Após cerca de um ano de investigações e levantamentos de inteligência policial, foi identificada organização criminosa responsável por dezenas de crimes cometidos em vários estados, tais como:

Roubos e furtos de cargas;

Roubo dos veículos de carga;

Roubo com emprego de arma de fogo;

Cárcere privado;

Uso de documento falso;

Falsidade ideológica;

Adulteração de veículos automotores;

Receptação qualificada;

Furto mediante fraude;

Organização criminosa e

Lavagem de capitais.

As medidas cautelares foram executadas em oito estados: Goiás; São Paulo; Tocantins; Rio Grande do Sul, Maranhão, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Esse não é o único golpe desferido contra o crime organizado. As outras fases da Operação Zayn prenderam mais de 40 criminosos, recuperaram quase uma centena de veículos e identificaram dezenas de caminhões e carretas fraudadas. Estima-se que o grupo seja responsável por dezenas de fraudes e roubos em todo o país, com volume de perdas estimado em R$ 100 milhões de reais nos últimos cinco anos.

PREJUÍZO DE CEM MILHÕES DE REAIS EM CINCO ANOS

A Orcrim migrou recentemente de atuação. Roubos com emprego de violência foram substituídos por fraudes mais sofisticadas, com registros fraudulentos de furtos e roubos a carga em órgãos policiais e junto a seguradoras. Fraudes e adulterações em veículos roubados continuaram ocorrendo, com modificação dos identificadores veiculares (como chassis e números de motor) e registro ilícito nos Departamentos de Trânsito nos estados, com posterior revenda dos veículos adulterados, muitas vezes para terceiros de boa-fé. Outra estratégia da Orcrim era, com uso de caminhões previamente adulterados, ofertar fretes para empresários que, acreditando-se tratar de pessoas honestas, carregavam suas cargas. A Orcrim , então, simplesmente desviava as cargas, lucrando com o prejuízo da coletividade. Esses crimes são possíveis pelas ações mais complexas praticadas por criminosos com posição diferenciada nas Orcrim, que atuam na receptação e na lavagem de dinheiro. O objetivo da presente fase foi exatamente atacar esse núcleo superior.

Tendo em vista a deflagração da operação, foi utilizado o seguinte quantitativo operacional: 120 Policiais Rodoviários Federais; 50 Policiais Civis, incluindo delegados, escrivães e agentes; 45 Viaturas. A operação foi intitulada “Zayn” em referência ao nome de origem árabe, que significa “perfeição”, “graciosidade”. Ilustra-se a percepção que os integrantes da Orcrim tinham sobre as ações criminosas, que acreditavam serem perfeitas, sem vestígios e impossíveis de serem descobertas pela ação policial – um feliz engano, como demonstra o sucesso da força-tarefa entre PRF e PCGO.

Fonte: Assessoria






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