PORTO VELHO – A violência doméstica contra mulheres e crianças está tomando contornos de epidemia e os números são trágicos. Todos os dias, nos últimos 34 meses, o que representa 1.020 dias, nove mulheres foram agredidas somente em Porto Velho e nos seus distritos. Foram exatos 9.787 casos de violência doméstica, 287 ocorrências a cada mês registrados apenas na Capital rondoniense, neste período e relembrados na última quinta-feira, Dia Internacional da Luta de Combate à Violência Contra a Mulher.
Do total de casos, quase a metade ocorreram em distritos, como Abunã, Calama, Extrema, Jaci-Paraná, Nova Califórnia, Nova Mutum, São Carlos, União Bandeirantes e Vista Alegre, apenas para citar alguns.
Os dados são da Secretaria de Segurança do Estado.
Com objetivo de contribuir com esse debate, o programa A Hora do Povo, apresentado de segunda a sexta-feira, das 12 às 13 horas na Rádio Rondônia em rede estadual, vai entrevistar na terça-feira, 30, o promotor de Justiça Héverton Aguiar, as ações que o Ministério Público de Rondônia vem empreendendo para combater a violência doméstica.
Acresça-se a esses números assustadores, outro pior: mais de 50 feminicídios ocorreram em Rondônia, desde 2017. Há uma grande luta da sociedade brasileira, na tentativa de diminuir esta tragédia nacional. Houve avanços concretos, como a Lei Maria da Penha e o empenho de autoridades de todos os poderes – em Rondônia, destaca-se o Ministério Público, que tem feito um trabalho elogiável neste contexto – mas há ainda um longo caminho a percorrer.
Leis mais duras precisam ser criadas e corte de benefícios legais a presidiários condenados por crimes contra a mulher devem ser revistos. Enquanto houver um pingo de impunidade para estes criminosos, a mulher brasileira correrá grandes riscos.
Com informações do blog opiniaodeprimeira