Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – Infelizmente, dada à nefasta parcialidade e transformação do verdadeiro jornalismo apenas em questão ideológica, poucos terão acesso a informações importantes relativas à economia do nosso país, referentes ao ano passado. Desesperada em não valorizar nada do governo passado, tentando torná-lo algo muito negativo para  o país, perante a opinião pública, a grande mídia faz de conta que o que aconteceu de grandes avanços no Brasil, em 2022, no último ano do governo Bolsonaro, simplesmente não aconteceu. A mesma mídia que chama idosos que fizeram protestos em frente aos quartéis de terroristas; que chamaram de apenas manifestantes que usaram seus direito constitucional de fazê-lo, aos membros do MST que também destruíram prédios públicos em Brasília, em 2014, faz questão de não falar absolutamente nada do que vivemos de positivo nos últimos quatro anos. Para nossos parceiros, que acompanham estas mal traçadas linhas, contudo, fazemos questão de enumerar apenas alguns dos avanços brasileiros. O primeiro deles: nosso PIB cresceu quase tanto o da China. Como o último trimestre do ano teve crescimento menor, ficamos com 2,9 por cento, enquanto os chineses bateram nos 3 por cento. Nossa inflação foi 5,2 por cento, abaixo dos 6 por cento previstos pelo próprio governo na época e por todos os economistas. Inflação menor do que Estados Unidos, Alemanha e vários outros países considerados de primeiro mundo. O desemprego, que em 2019 era de 14,5 por cento, caiu, em dezembro de 2022, para 8,3 por cento. Meses antes, havia chegado ao menor patamar dos últimos 15 anos: 7,8 por cento. O preço médio da gasolina, na maioria dos postos do país, estava em 4,95 (hoje, com a volta dos tributos federais, já há regiões do país, como em São Paulo, cobrando acima de 8,50 reais). Tem mais…

Embora a violência não tenha arrefecido como gostaríamos, o total de homicídios, que superou os 55 mil em 2019, caiu para menos de 42 mil em 2022. Entre 2014 e 2019, o número de invasões de propriedades no país chegou à beira das centenas, enquanto que no ano passado todo foram apenas 12, o mesmo número, praticamente, das praticadas apenas pelo MST nestes dois meses do novo governo Lula. Nossa dívida pública chegou à marca histórica de ficar 75 por cento abaixo do PIB. Outro dado histórico: o superávit fiscal atingiu 39 bilhões positivos. E o valor da Petrobras, que agora pode entrar em risco com as intervenções previstas pelo atual governo? Em 2022, ele atingiu a 520 bilhões de reais. Para os mais pobres, o litro do leite em 31 de dezembro era de 4,29 reais. Hoje, já está na faixa dos 6 reais. Guardemos, pois, estes números e percentuais, para compararmos de como estaremos no final deste 2023. Alguém aí, de sã consciência, acha que estaremos melhores?

IPTU: prefeitura revê aumento, parcelando o tributo em dez anos e crise que sacudiu a capital está acabando

O caso do IPTU em Porto Velho continua fervilhando. Milhares de protestos, entre meados da semana passada e o início desta, trouxeram novidades sobre o tema. Basicamente, a gritaria que repercutiu em praticamente todos os setores da comunidade, incluindo a Câmara de Vereadores, Ministério Público, Tribunal de Contas e outras instituições, acabou por convencer o prefeito Hildon Chaves a suspender a cobrança do tributo até o final deste mês e a parcelar os valores em dez anos. Nos bastidores, houve gritos, ofensas, confusão, inclusive envolvendo vereadores. O assunto causou informações, contrainformações, gente tirando o corpo fora, mesmo depois de ter aprovado o projeto com todos os seus reajustes; entidades que nomearam representantes para a comissão que analisou o novo IPTU e depois disse que não tem nada a ver com o negócio e por aí vai. Há quem diga que a Câmara e o Prefeito foram induzidos ao erro, por cálculos que teriam sido mal feitos. O que há de verdade? Desde o final de semana, o assunto tomou conta da pauta na Prefeitura da Capital. O prefeito Hildon Chaves e seu secretário da Fazenda, João Altair, permaneceram de reunião em reunião, até a decisão de rever todo o pacote exagerado de reajustes. Na segunda-feira ainda, 20 dos 21 vereadores assinaram um documento pedindo a revogação da lei que criou o aumento do imposto e do valor venal dos imóveis (essa sim, a verdadeira causa dos protestos!), enquanto na Prefeitura já havia consenso de que deverá sim haver aumento do IPTU e do valor real dos imóveis, mas não no tamanho com que ele foi aplicado. Obviamente que também está sendo analisado o grande desgaste político da medida. Nestes tempos em que as redes sociais dominam parte da opinião pública, o que se leu ou ouviu sobre o tema certamente assustou a classe política porto-velhense. Também por isso, vai ter mudança para melhor. sem dúvida alguma!

Novela Léo Moraes e Detran continua: até agora, só conversas de bastidores e nenhuma informação oficial sobre o assunto

Afinal de contas, vai ou não vai? O caso de Léo Moraes e o Detran já está virando novela. Opositor ao atual governo, candidato ao Governo no primeiro turno, na reta final do segundo turno, Léo aderiu à candidatura do vencedor Marcos Rocha. O acordo político envolvia o comando do Detran, cargo que Léo ocuparia no início ou em meados de fevereiro, tão logo encerrasse seu mandato na Câmara Federal. Passaram-se os prazos e… nada! Como não houve pronunciamento oficial nem de um lado e nem de outro, começaram as especulações de bastidores. Primeiro, houve informações de que Léo só aceitaria assumir com a chamada “porteira fechada”, ou seja, só se indicasse os mais de 42 cargos disponíveis no Detran, para montar sua equipe. O que se falava na ocasião é que o Governo teria autorizado apenas três, com o que Léo não teria topado. Depois, os contatos entre o ex-parlamentar e presidente regional do Podemos com o Palácio Rio Madeira/CPA teriam sido interrompidos. Agora, nesta terça, a conversa é de que Léo assumiria nesta semana. Seria sabatinado inclusive na Assembleia legislativa na terça, cosia que não se confirmou. Não havia, ao menos até a noite da terça, qualquer pauta no legislativo estadual apontando para esse evento. A sabatina teria que ser feita durante sessão ordinária, interrompida temporariamente para que o plenário da Casa fizesse os questionamentos ao candidato ao comando do Detran. Questionado sobre o assunto, Léo Moraes preferiu não responder. Do Palácio do governo, também não houve qualquer informação oficial. Ou seja, parece novela mesmo. Até a noite da terça-feira, só o que se sabia sobre o assunto era o que rolava nos bastidores. Zero de informação definitiva.

Feira gigante e chance de três bilhões de faturamento: previsões para a Rondônia Rural Show são muito otimistas

Será que, dois anos depois da pandemia e apenas uma edição da feira, realizada em 2022, a Rondônia Rural Show vai mesmo superar os mais de 2 bilhões e 600 milhões de faturamento neste ano? Há, pelos lados do Palácio Rio Madeira/CPA e sua Secretaria de Agricultura, um otimismo muito forte sobre as perspectivas do governo em relação ao gigantesco evento que está sendo preparado. Investimentos pesados estão sendo feitos, para melhorar as condições do Parque Vandeci Hack, em Ji-Paraná, para abrigar a nova edição da feira, que se realizará neste ano, entre os dias de 22 a 27 de maio próximo. Dentre estas melhorias, duas se destacam. Primeiro, o asfaltamento de quase dois quilômetros de asfalto dentro do Parque. A terraplenagem para a obra está em fase final e o Estado vai gastar nada menos do que 3 milhões de reais no serviço que está sendo realizado pelo DER. A outra é a construção de um pavilhão, com recursos do Fundo de Investimento e Apoio ao Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Estado – ProLeite, onde será realizada a 4ª edição da feira do Agronegócio do Leite, que visa o fortalecimento e desenvolvimento da cadeia produtiva do leite em Rondônia. O secretário de Agricultura, Luiz Paulo e o coordenador da Rondônia Rural Show e secretário adjunto da Seagri, Janderson Dalazen explicam que a rede elétrica também está sendo ampliada. A estrutura do Centro Tecnológico contará com 600 espaços para instituições públicas e empresas privadas, prestadores de serviços, empresas comerciais, instituições de crédito e cooperativas. Haverá, ainda, um espaço voltado para indústrias do agro. Será que a feira chegará aos 3 bi de faturamento neste ano?

Luta pelo revalida valeu a pena: dezenas de rondonienses participaram da primeira etapa das provas deste ano

Não se sabe exatamente o número de rondonienses que fizeram, neste último final de semana, a primeira prova do Exame Revalida, para conseguirem (os aprovados ainda precisam passar pela segunda prova, que ocorrerá entre 24 e 25 de junho) a autorização para serem considerados médicos no Brasil, com autorização para atender em todo o território nacional. O Revalida teve a chamada nota de corte estabelecida. Os participantes terão de atingir 96,635 dos 150 totais nas provas objetiva e discursiva. A pontuação mínima equivale a 64,4 por cento do total do exame. Os que atingirem esta pontuação, estarão aptos para a segunda etapa, bem mais perto de conseguirem o certificado para se tornarem profissionais no Brasil.  As questões têm como parâmetro o perfil de um médico recém-graduado no Brasil. São observados os preceitos de formação adequada com referência nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nas necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Dois rondonienses tiveram papel importante na batalha pela volta dos exames do Revalida, que agora devem ser feitos duas vezes por ano. O deputado reeleito Lúcio Mosquini e a então deputada Jaqueline Cassol, que disputou o Senado e, por isso, não se reelegeu para a Câmara, foram duas das figuras da política brasileira que mais lutaram para que o exame tivesse um calendário anual. Eles inclusive fizeram várias reuniões com brasileiros e especialmente rondonienses que estudavam Medicina nos países vizinhos, principalmente na Bolívia, para ano apoiá-los pela volta do Revalida. Nos próximos dias, serão anunciados os nomes dos aprovados nesta primeira etapa do exame, realizado no último domingo em vários Estados, incluindo o Acre.

Governo itinerante começa com Rolim de Moura, com prefeito destacando iniciativa que considera histórica na relação com os municípios

Foi apenas o primeiro passo primeiro, porque muitos outros virão, na segunda gestão. Foi isso, em resumo, que destacou Marcos Rocha, ao abrir a primeira edição do “Governo Itinerante”, na segunda-feira, em solenidade realizada na prefeitura de Rolim de Moura, uma das inovações criadas na segunda parte do mandato atual. A intenção, lembrou Rocha, é levar a iniciativa para todos os 52 municípios: “queremos estar mais próximos da população, a ouvindo naquilo que há necessidade, ouvindo suas demandas, buscando soluções e dando apoio”. O Governador destacou também que a missão é dar todo o apoio possível aos prefeitos, porque através deles, e atenderá, também, as principais demandas das comunidades. Nesta primeira edição do “Governo Itinerante”, os trabalhos se concentram nos municípios da Zona da Mata, composta por Rolim de Moura; Alta Floresta do Oeste; Nova Brasilândia do Oeste; Alto Alegre dos Parecis; Novo Horizonte; Santa Luzia do Oeste e Castanheiras. Marcos Rocha abriu o evento em Rolim acompanhado de vários secretários e assessores, num encontro prestigiado também por prefeitos e vereadores da região, assim como por deputados estaduais que representam a Zona da Mata na Assembleia Legislativa. O primeiro prefeito anfitrião do novo projeto, Aldair Júlio, de Rolim de Moura, considerou a iniciativa muito positiva. “Este é um momento histórico em que o Governo vem aos municípios. Assim, ao invés dos Prefeitos se deslocarem até a Capital, é o Governador e seus secretários que estão vindo até os municípios, para saberem quais as nossas demandas e ajudar a resolver junto”.

Há rondonienses envolvidos com a fraude que tirou dos pobres mais de 50 milhões de reais do auxílio emergencial em 12 estado

Infelizmente, mais uma vez Rondônia está no meio do rolo e recebe, como ocorre quase toda a semana, mais uma visita dos policiais federais. A PF está investigando o desvio de mais de 50 milhões de reais contra fraudes no Auxílio Emergencial de 600 reais, aquele que o governo Bolsonaro deu durante a pandemia e até o final de 2022. Os golpistas criaram mais de 10 mil contas fraudulentas, para colocarem a mão nesta verdadeira fortuna, que deveria beneficiar os mais pobres brasileiros. Os mandados de busca e apreensão e de prisão, foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas e estão sendo cumpridos em Rondônia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins e no DF. Foi autorizado o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados. Aqui no Estado, a fraude foi praticada em Porto Velho, Ariquemes e Machadinho do Oeste, segundo as investigações. Ao todo, 37 envolvidos na operação estão sendo investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa. Claro que se fosse num país sério, onde as leis funcionam para punir gente canalha deste tipo, as penas poderiam chegar a até 22 anos de prisão. Mas por aqui já se sabe: a polícia investiga, prende, denuncia e o Judiciário é obrigado a cumprir leis que protegem a bandidagem. Contudo, ao menos a PF estão funcionando bem neste Brasil confuso.

 Exemplo de mudança para pior: uma das mais importantes emissoras do país começa a murchar

Ficou igual a muitas outras emissoras e, por isso, está começando a derreter! A Jovem Pan, emissora que tomou conta de grande parte do Brasil no governo Bolsonaro, defendendo as teses da direita nacional, através de seus comentaristas, começa agora uma queda vertiginosa. Sem Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Caio Coppola, Zoe Martines, Rodrigo Constantino (Ana Paula Henkel, a Ana Paula do Vôlei, se demitiu pouco depois) a emissora tentou guinar para a esquerda, já que o candidato que apoiava perdeu a eleição. A grande estrela dos comentários da Jovem Pan, hoje, é a representante do mais puro petismo na mídia nacional, Amanda Klein, que demonizou Bolsonaro durante todo o seu governo e acha que Lula e a esquerda são as grandes soluções para o Brasil. A troca de pauta da emissora não levou consigo seu público, que já batia na casa dos milhões de ouvintes e telespectadores. Programas como “Os Pingos nos Is”, que eram campeões de audiência, com a troca de apresentadores e comentaristas praticamente está abandonado no ar, tanto na rádio quanto na TV Jovem Pan. A TV, lançada em meados do ano passado, mesmo em sistema fechado, já tinha batido na casa dos milhões de telespectadores. Também emagreceu na audiência, perdendo ouvintes e, ainda, grande parte dos seus patrocinadores. A rede de emissoras de rádio, aliás, que estava em crescimento surpreendente em várias regiões do país, começa a dar sinais de importante recuo. Ao tentar passar para o esquerdismo, para se adequar aos poderosos do momento, a Jovem Pan ficou igual à Globo, Bandeirantes, CNN e outras tantas emissoras. Na igualdade, não tem chance de crescer. A tendência, ao menos neste momento, é das piores possíveis para a emissora que caminhava para ser gigante na mídia brasileira.

Perguntinha

Na sua opinião, proprietário de imóvel da Capital, qual o percentual justo de aumento que a Prefeitura deveria aplicar para atualizar os valores do IPTU, melhorando a arrecadação, mas sem reajuste exagerado?

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