PORTO VELHO – Desde a tarde desta terça-feira, na capela da funerária Dom Bosco (Pinheiro Machado com Getúlio Vargas) está sendo realizado o velório da ex-deputada estadual Marlene Gorayeb, a “Marlene Capeta”, falecida pela manhã e cujo sepultamento será nesta quarta-feira.

“Perto dela ninguém podia ficar muito tempo triste. Por isso chamavam de “Marlene Capeta”, da ala “Prova de Fogo”, da escola de Samba Pobres do Caiari. Quando entrava “na roda” ou quando chegava numa reunião ninguém ficava quieto”.

Foi dessa maneira que um ex-diretor da escola de samba mais importante de Porto Velho respondeu quando o repórter perguntou sobre a razão do apelido “Capeta” que acompanhou a professora, deputada estadual (1991/95), secretária municipal de Serviço Social, e sambista que foi batizada como Marlene Carneiro Gorayeb, acrescendo depois, por casamento, o Baleeiro, falecida nesta terça-feira.

Marlene “Capeta” era professora com graduação em Magistério no Instituto Estadual de Educação “Carmela Dutra” e sua primeira incursão política foi nos tempos das lutas entre cutubas – grupo ao qual ela pertencia, e peles curtas.

Sua primeira candidatura foi a vereadora, eleita em 1982, e em 1992 quando tentou ser prefeita de Porto Velho teve seu nome barrado numa convenção em que poucos acreditavam que não seria ela a indicada.

Ladeando o presidente Silvernani Santos, as deputadas da 3ª legislatura da Assembleia Legislativa: Lúcia Tereza, Marlene “Capeta”, Odaísa Fernandes, Ini Fidelis e Elizabeth Badocha

Sobre a deputada, que mantinha o mesmo comportamento de quando era só professora e sambista, só elogios pelo seu trabalho. “Era uma pessoa muito alegre, não deixava ninguém parada, mas se fosse para trabalhar estava sempre somando”, lembrou a ex-vereadora e ex-deputada estadual Odaísa Fernandes.

“Nós já nos conhecíamos e quando fomos eleitas vereadoras sentávamos uma ao lado da outra, sempre discutindo os projetos que pretendíamos  apresentar, o mesmo quando fomos colegas na Assembleia Legislativa”, destacou Odaísa.

Outra ex-deputada, a guajaramirense Nilce Casara também guarda boas lembranças de Marlene “Capeta”, ambas se conhecendo desde os tempos de estudantes. “Ela gostava muito de brincar, mas na hora do trabalho, aí a conversa era outra”, recordou.

Lúcio Albuquerque, para o www.expressaorondonia.com.br

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