RO, Quarta-feira, 01 de maio de 2024, às 21:58



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Madeireiras fantasmas burlam sistema florestal e dão prejuízo de R$ 2,5 milhões; PF identifica fraudador e deflagra operação

PORTO VELHO – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira, 28, a Operação Paper Wood, para desarticular organização criminosa dedicada a fraudar o Sistema Oficial de Controle de Produtos Florestais (Sisdof) com o propósito de permitir a comercialização de madeira ilegal com aparência de lícita. Durante a operação foram cumpridos mandados de busca e apreensão em madeireira situada em Porto Velho em desfavor de pessoas físicas responsáveis por operacionalizar esquema de geração fictícia de créditos de produto florestal no Sisdof.

A operação contou com 20 Policiais Federais e também com agentes do Ibama, que realizaram fiscalizações administrativas no pátio da empresa alvo para verificar a compatibilidade do saldo de madeira constante do pátio com o respectivo registro no Sisdof. Ao todo foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal de Porto Velho.

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A investigação se iniciou a partir de Informação Técnica do Ibama dando conta de que empresas madeireiras de “fachadas” estavam operacionalizando o Sisdof e gerando créditos de produto florestal para “calçar” madeira ilegal.

As diligências investigativas levaram à conclusão de que as diversas madeireiras que transacionavam no Sisdof não existiam fisicamente. Além disso, descobriu-se que essas empresas eram constituídas em nome de “laranjas” para evitar a identificação dos criminosos.

Com métodos especiais de investigação, a Polícia Federal conseguiu identificar o líder da organização criminosa e principal idealizador do audacioso esquema de fraude ao Sisdof. Esse esquema criminoso permitiu a comercialização no mercado nacional e internacional de diversas essências de madeiras extraídas ilegalmente de áreas protegidas.

Foi determinado também o sequestro e bloqueio de bens dos investigados até o montante de R$ R$ 2.586.748,56, (dois milhões, quinhentos e oitenta e seis mil, setecentos e quarenta e oito reais e cinquenta e seis centavos), valor estimado por Peritos Federais como representativo do dano causado.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, falsidade ideológica, receptação e transporte ilegal de produto florestal, cujas penas máximas somadas chegam a 28 anos.

Fonte: Assessoria -Superintendência Regional em Rondônia – Polícia Federal






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