COLORADO DO OESTE – Em um vídeo encaminhado inicialmente a redação do site Folha do Sul Online na noite de segunda-feira, 4, a empresária Aline Guerreiro, moradora de Colorado do Oeste, registrou sua indignação com relação ao atendimento oferecido a sua nora no hospital municipal “Dr. Pedro Granjeiro Xavier”, que segundo ela, contava apenas com um médico para ater os pacientes com sintomas de covid-19 e da emergência.
No vídeo, Aline relata ter se negado a permitir que sua nora, que sentia cólicas menstruais muito fortes, fosse atendida, devido ao médico da emergência, também estar o tempo todo se dirigindo para a “ala covid” da unidade para atender os pacientes sintomáticos.
Temendo pela segurança da nora, a empresária se revoltou com administração da unidade e com a gestão municipal, alegando que o prefeito José Ribamar não permite que os estabelecimentos comerciais fiquem abertos após certo período da noite a fim de evitar a disseminação do novo corona vírus e não se atenta para os riscos dentro das unidades de saúde.
Aline, que de fato se mostrou contra a ação de pessoas que agem como se o perigo não fosse real e não se cuidam indo para festas, chamou a atenção dos novos vereadores para a situação, que segundo ela, coloca pessoas que de fato têm se mantido dentro das exigências estipuladas pelos decretos municipais, em risco de se contaminarem dentro do hospital pela falta de médicos.
De posse das informações, na manhã desta terça-feira, 5, a reportagem do site entrou em contato com o secretário de Saúde do município, Gilmar Vedovoto Gervásio, e ele alegou que o hospital de Colorado do Oeste sempre conta com dois médicos para atender a demanda, realidade esta, superior a de muitos do Estado.
Porém, na noite em que a denunciante foi ao local, um dos médicos teve que se ausentar pouco tempo antes para acompanhar um paciente em estado grave, que precisou ser transferido para outro município.
Mesmo assim, Gilmar garantiu que não há risco aos pacientes, uma vez que os médicos que atendem na “ala covid” se paramentam, até mesmo para proteger a eles e seus familiares.
“Os médicos que atendem os pacientes com sintomas de covid-19, usam equipamentos de proteção, como luvas, mascaras e jalecos, que são descartados todas as vezes que eles saem da sala, pois eles também podem se contaminar e levar o vírus para suas casas. Por isso, os pacientes podem ficar tranquilos, pois todas as exigências de proteção são seguidas á risca, mesmo que haja a necessidade de um médico ficar sozinho na unidade e atender os dois setores”, afirmou o secretário.
Gilmar afirmou ainda que mesmo que a prefeitura quisesse contratar mais médios neste momento, não seria possível, pois a falta de profissionais é grande, já tendo o município realizado um processo seletivo e chamado todos os inscritos na área técnica de enfermagem e mesmo assim, não conseguiu cobrir as vagas existentes.
Por fim, Gilmar disse que Aline foi “muito polêmica” em sua denúncia e reforçou que diante da realidade da saúde do Estado, o hospital de Colorado é “privilegiado” por poder contar com dois médicos por plantão e um fixo na Unidade de Saúde destinada ao atendimento para pacientes com sintoma de Covid-19, durante os dois períodos dos dias úteis.
Fonte: Folha do Sul on Line
