RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 20:04



RO, Sábado, 27 de abril de 2024, às 20:04


Faculdades oferecem reajuste salarial de 4% aos professores. Sindicato da categoria promete resistir e lutar pela dignidade dos docentes

PORTO VELHO – A proposta de reajuste apresentada aos professores de ensino superior apresentada na  primeira rodada de negociações entre o Sindicato dos Professores das Faculdades Particulares (Sinpro) e o Sindicato Patronal que representa as Faculdades, o Sinepe, não agradou aos docentes, que prometem continuar lutando pra uma reposição mais significativa em relação às perdas salarias ocorridas, principalmente, nos dois anos de pandemia.

A proposta apresentada pelas faculdades é de concessão de 4% de reajuste salarial, 10% no auxílio alimentação, cujo valor passaria de R$ 110 para R$ 121,00. Os representantes patronais buscaram justificar a proposta extremamente rebaixada, menos da metade da inflação dos últimos 12 meses, por conta do cenário econômico muito desfavorável, principalmente para o setor educacional que vem tendo perdas significativas no quantitativo de alunos matriculados.

- Advertisement -



O presidente do Sinpro, professor Luizmar Neves, argumenta que a realidade do cenário econômico tem sido muito mais desfavorável aos trabalhadores do que às empresas, com exagerado aumento da inflação no custo de vida, principalmente nos últimos 12 meses, resultando em índice acumulado do INPC-IBGE de aproximadamente 11%. Além disso, o professor destaca também a intensa mobilização contra as tentativas de redução das mensalidades em 30%, durante a fase mais aguda da pandemia de covid-19. Além disso, o Sinep tem ano a ano concedido reajustes muito inferiores à inflação, o que resulta em perdas acumuladas superiores à 30%.

Para o advogado Itamar Ferreira, especializado em consultoria sindical e trabalhista, se na próxima reunião de negociação não houver uma melhora significativa na proposta patronal, não restará a categoria e ao Sinpro outra alternativa que não seja tomar medidas mais enérgicas, como manifestações e mobilizações, além de requerer ao Ministério Público do Trabalho (MPT) mediação e instaurar um dissídio coletivo, econômico ou de greve, na Justiça do Trabalho.

O histórico de negociações entre Sinpro e Sinepe, nos últimos anos, mostra grandes possibilidades de uma solução negociada, que evitaria grandes desgastes às partes.

O presidente do Sinpro ressaltou que os trabalhadores não suportam mais trabalhar com salários baixíssimos, sem um piso salário digno e sem benefícios. O presidente destacou ainda que, no caso dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino privado, são anos e anos sem uma representatividade comprometida com os interesses da categoria. A diretoria atual do sindicato só assumiu há a pouco mais de um ano a representação sindical da categoria.

Já na situação dos professores do ensino superior, o Sinpro promete lutar com unhas e dentes para restabelecer pelo menos um pouco da dignidade dos seus representados, afirma professor Luizmar Neves presidente do Sinpro-RO/Sinteep-RO.

Fonte: Assessoria Sinpro






Outros destaques


+ NOTÍCIAS