RO, Quinta-feira, 25 de abril de 2024, às 17:21



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Agronegócio não é o carro-chefe da economia de Rondônia; setor de serviços gera 61% do nosso PIB

PORTO VELHO – Nem tudo que reluz é ouro no mundo da informação econômica, e Rondônia não foge à regra: a maioria da população desconhece, ainda, que o setor de serviços proporciona a maior fatia do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, com R$ 44,9 bilhões [61% do todo]. Seguem-se a indústria, R$ 7,06 bilhões; e agropecuária, R$ 5,7 bilhões.

São os mais recentes números e percentuais apurados pela Secretaria Estadual de Finanças e pela Junta Comercial do Estado de Rondônia (Jucer). A maior parcela do valor dos serviços está vinculada aos gastos com a administração pública, que se aproximavam de R$ 11,4 bilhões em 2018.

Ainda no setor de serviços, se destaca a participação do comércio e afins, bem como as vinculadas as atividades imobiliárias; somadas, elas se aproximam de R$9,8 bilhões, o que corresponde a 21,8% do PIB estadual.

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Mecânicas, carpintarias, movelarias, serralherias, até empresas que furam poços, movimentam bem a economia estadual

No setor industrial, as atividades vinculadas ao setor energético, gás, água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, se sobressaem com valores próximos a R$ 3,4 bilhões, bem como as vinculadas às indústrias de transformação, que alcançam R$2,2 bilhões.

Assim, verifica-se que apenas as duas atividades do setor industrial correspondem a 12,45% do PIB de Rondônia.  O setor agropecuário alcança R$ 5,7 bilhões, 12,8% do PIB estadual.

Ele pode ser visto como setor estruturante do Estado de Rondônia, onde se destacam as culturas de soja, algodão, milho e café. A pecuária se destaca pelas aves e bovinos, e a piscicultura cresce a cada ano.

Em 27 de maio, o Rondônia recebeu o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Desde abril de 2020, o estado já era reconhecido como área livre dessa doença pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Com a obtenção do status sanitário internacional para Rondônia, criadores de gado bovino esperam a abertura de novos mercados para a carne.

O Valor Básico da Produção (VBP) do estado é atualmente de
R$ 18 bilhões, R$ 4 bilhões a mais do que o previsto para um quatriênio.

Existe a possibilidade de articulação modal rodoviária-ferroviária-fluvial para fazer de Rondônia o ponto de integração do mercado regional, com acesso ao Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela e Chile. Estima-se neste mercado 140 milhões de habitantes e um PIB de mais de US$ 900 bilhões.

Contrariando a experiência nacional, o Estado de Rondônia gerou durante o período da crise sanitária (pandemia) nada menos de 8.469 empregos, superando em 20,6% as vagas perdidas no mesmo período, destacando os setores do comércio, serviços, indústria e da agropecuária como os que cresceram, com taxas positivas de contratações com carteira assinada de acordo com dados extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Indústria de estruturas metálicas Castilho, em Pimenta Bueno, na BR-364

De acordo com a coordenadora estadual do Serviço Nacional do Emprego (Sine), Tereza Cristina Aranha de Brito, as dificuldades foram e ainda são muitas, principalmente em relação a acessibilidade dos trabalhadores desempregados aos recursos da Tecnologia da Informação, para o uso dos computadores e da internet. Mesmo assim, em tempos de pandemia o Sine manteve o serviço e todas as atividades de orientação para intermediação de mão-de-obra, disponibilizando o endereço [email protected] para os interessados enviarem currículos.

“Todas essas iniciativas foram muito importantes na tarefa de colocação e recolocação dos profissionais desempregados, no mercado de trabalho”, disse afirmando que a implementação do auxílio emergencial prejudicou um pouco as buscas por vagas de emprego que sempre existiram.

A dirigente do Sine explicou, que a fala de acessibilidade e a possibilidade do ganho emergencial realmente tiveram importância no desempenho da instituição. Para ela, fora esses aspectos, a recolocação profissional fica mais fácil e rápida quando você mantém o foco nas atitudes certas e traça um plano detalhado para voltar a trabalhar, demonstrando todo interesse em retornar ao mercado, o que exige do profissional revisão do currículo, treinamento para entrevistas e, dependendo do tipo de atividade, saber como utilizar o networking e outras ações relacionadas à proposta a que se propõe.

MONTEZUMA CRUZ e CLEUBER RODRIGUES
Secom-RO






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