RONDÔNIA – Em uma ação integrada com entidades ambientais em todo o planeta, a Organização das Nações Unidas (ONU) lança, neste sábado, 5 de maio,  Dia Mundial do Meio Ambiente,  a “Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030”.

A campanha “Reimagine. Recrie. Restaure”, organizada pelo Paquistão, prevê ações práticas e efetivas para conscientizar e gerar resultados sobre uma questão ambiental urgente: a restauração e conservação dos Ecossistemas em todo mundo e Rondônia já faz parte deste movimento.

O Centro de Estudos Rioterra,  por ser signatária do Pacto Global, participa deste movimento com uma meta ousada: plantar 15 milhões de árvores na Amazônia e cerca de 30% desse objetivo já foi conquistado com o plantio de mais de 5,8 milhões de árvores em regiões de Rondônia nos últimos 10 anos.

A recuperação de ecossistemas pode ser feito de muitas maneiras. Uma delas, pela recuperação de áreas para fins específicos de preservação, em ambientes propícios à restauração de seu estado original,  e também em áreas destinadas a produção, onde o reflorestamento pode ser feito através de modelos sustentáveis,  integrando lavoura, pecuária e floresta e o uso dos Sistemas Agroflorestais, também conhecidos pelas siglas ILPF e SAFs, respectivamente.

“Executamos projetos de ambos os modelos. Temos trabalhado com a cadeia de valor da recuperação vegetal realizando ações com um viés mais “ecológico”, ou seja, para fins de conservação da biodiversidade e fixação de carbono como meio de combater a emergência climática. Tudo isso com apoio do produtor”, explica Alexis Bastos, coordenador de projetos do Centro de Estudos Rioterra.

E continua: “O produtor se envolve, diversifica sua produção, regulariza ambientalmente a propriedade e participa ativamente do mercado gerando mais renda. Esse é um ciclo virtuoso onde todos ganham. Acreditamos que um dos maiores problemas relacionados ao desmatamento na região esteja associado a vulnerabilidade econômica e social das pessoas na Amazônia”, conclui.

Campanha da ONU

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado desde 1974 para promover o progresso nas dimensões ambientais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs).

Ecossistemas mais saudáveis, com maior riqueza na biodiversidade, produzem mais benefícios, como  solos mais férteis, maior produtividade nas áreas de madeira e pesca,  e maiores estoques de gases de efeito estufa.

A restauração de ecossistemas também protege e melhora a qualidade de vida das pessoas que dependem deles. Também ajuda a regular doenças e a reduzir o risco de desastres naturais.

Até 2030, a meta desse movimento é restaurar 350 milhões de hectares de ecossistemas terrestres e aquáticos degradados que poderão gerar US$9 trilhões em serviços ecossistêmicos. A restauração também poderia remover entre 13 e 26 gigatoneladas de gases de efeito estufa da atmosfera.

 

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