Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. A frase famosa é de Albert Einstein, aquele mesmo! Ela cabe neste raciocínio. Para os brasileiros que acham que o caminho do socialismo é o melhor, o domingo foi dia de festa. Seu maior guru e único líder verdadeiro, surgido do meio sindicalista, assumiu mais uma vez o poder, com uma grande festa, há que se destacar, mas colocando medo e frisson nos corações e mentes de quem acha que os regimes de esquerda, representam uma perigosa volta ao passado. Lula falou para seus seguidores, embora, depois de dizer que o Brasil virou terra arrasada nas mãos do direitista Bolsonaro, deu um breve aceno aos adversários, dizendo que quer união e que vai governar para todos. No entremeio, houve sim raiva destilada, como se ter perdido o poder depois de décadas, em 2018, tivesse sido um crime cometido dos brasileiros contra ele, Lula e sua sagrada ideologia. A festança foi grande para os que acreditam que o esquerdismo é a grande saída para nosso país e o domingo foi de tristeza e angústia para os milhões que temem o que pode acontecer com nossa Nação, daqui para a frente. Os milhares que foram morar na frente dos quartéis, durante longos dias, devem agora fechar suas barracas e voltar para casa. Ficou muito claro que as Forças Armadas não iriam e nem irão se envolver na vida política do seu país, até porque 2022 não é 1964. O túnel do tempo, que os manifestantes conservadores queriam entrar, avocando um passado que jamais voltará, está fechado e impenetrável. Venceu a democracia da esquerda (que está longe se ser a verdadeira democracia); venceram o STF e setores aparelhados do Judiciário e do Ministério Público. Perde uma parte do Brasil, mas nosso país é tão grande que jamais poderemos sequer imaginar que o 1º de janeiro de 2023 representou que estamos perdidos para sempre.

Lula volta com as mesmas ideias do passado, com apoios importantes da imprensa (a festa que a TV Globo fez no domingo foi antológica); da ampla maioria dos membros do STF, que governou o país nos últimos meses; de artistas, boa parte dos indígenas; de 100 por cento dos ambientalistas. As bandeiras vermelhas voltaram a tomar conta da área do Congresso e do Palácio do Planalto, no lugar do verde e do amarelo. Lula volta para gáudio de muita gente, com um ministério recheado de políticos que respondem a dezenas de processos, mas com a esperança de parte do povo de que, agora sim, teremos um país mais justo, embora outra parte tenha certeza de que isso não vai passar de discurso. Fica na História o Mensalão, a Lava Jato, os 14 milhões de desempregados, a inflação crescente e tudo o que este pacote de horrores trouxe há bem poucos anos, para o país. O presente traz esperança de dias melhores, embora seja o mesmo Lula, cercado pelos mesmos nomes, as mesmas ideias e fazendo as mesmas coisas. Com tudo isso e mesmo assim, ainda há muitos que acham que o resultado será diferente. Tomara que estejam certos!

Rocha assume segundo mandato com festa, recebe a faixa da primeira dama e dá posse a maioria dos secretários

Em Rondônia, numa solenidade também no domingo, com a presença de grande público no Palácio das Artes, o governador Marcos Rocha foi empossado para seu segundo mandato, numa solenidade comandada pela Assembleia Legislativa. O presidente Alex Redano entregou o documento de posse, enquanto a primeira dama, Luana Rocha, entregou a faixa ao marido e Governador. Rocha, aliás, foi reeleito com justiça, depois de ter tido um primeiro mandato com resultados bastante positivos, mesmo depois de ter enfrentado dois anos de pandemia, em quatro anos de governo. Na solenidade, Rocha também empossou o seu secretariado, com a maioria dos nomes reconduzidos. Entre os destaques, a primeira dama, Luana, que continua comandando a Ação Social e o Chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, o bem sucedido articulador político do primeiro mandato. Também ficaram vários outros secretários, como o da Sefin, Luis Fernando; a da Educação, o Coronel Felipe Vital, da Segurança Pública; Ana Pacini, da Educação; Luiz Paulo Batista, da Agricultura. Mantidos, ainda, o vice governador Sérgio Gonçalves, como titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Rosângela da Silva, como Superintendente de Comunicação, entre vários outros cargos. Nos próximos dias serão anunciados novos nomes de assessores, tanto no primeiro escalão como em outras funções de comando.

Meireles permanece no Deosp, Eder Dias no DER e Maxwel de Andrade na Procuradoria Geral do Estado

Vários outros nomes já foram confirmados para a composição do governo Marcos Rocha, no ano de início deste segundo mandato, que vai até 31 de dezembro de 2026. Veja alguns deles: o coronel PM Valdemir Carlos de Góes,  como chefe da Casa Militar; Beatriz Basílio Mendes, como secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão; Marcus Casteo Branco Rito, comandando a Secretaria de Justiça; o Coronel Erasmo Meireles, do Deosp; o Coronel Jefferson Ribeiro da Rocha, comandará a Secretaria de Saúde; Marco Antonio Menezes Lagos, secretário do Desenvolvimento Ambiental; Semayra Gomes Moret, Superintendente de Gestão dos Gastos Públicos Administrativos; Gilvan Pereira Júnior, superintendente estadual de Turismo; Silvio Luis Rodrigues Silva, superintendente de Gestão de Pessoas; Augusto Souza Marques, superintendente Estadual de Compras e Licitações; Lourival Araújo Lopes, superintendente da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer; David Inácio dos Santos Filho, superintendente Estadual de Patrimônio e Regularização Fundiária; Maxwel Mota de Andrade, Procurador geral do Estado; Eder André de Dias, diretor geral do DER; Paulo Higo de Almeida, diretor-geral do Detran; delegado Samir Fouad Abboud,  diretor geral da polícia civil. Nas secretarias, já foram nomeados também os adjuntos.  Faltam ainda muitas nomeações, mas elas só acontecerão nos próximos dias.

Novo governo volta atrás e decide manter descontos dos impostos federais dos combustíveis

Pode-se discordar de várias medidas tomadas pelo presidente Lula, mas não de uma delas. Com bom senso, mas também pressionado por parte de líderes petistas que temiam uma reação negativa dos brasileiros, caso a medida não fosse mantida, o novo comandante da Nação decidiu prorrogar a medida que isenta de impostos federais os combustíveis. Para a gasolina, a decisão vale por pelo menos 60 dias. Para o óleo diesel, por um ano. Na semana passada, o novo ministro da Economia, Fernando Haddad, tinha pedido ao que saiu, Paulo Guedes, que não prorrogasse os descontos. A decisão tinha vindo de cima, ou seja, do próprio novo Presidente. Lideranças do partido, contudo, a começar pela presidente Gleise Hoffmann, pressionaram Lula para que ele revisasse sua decisão. Na sexta-feira, pouco tempo antes da posse, o martelo foi batido e os descontos nos preços dos combustíveis continuarão por mais algum tempo. O novo governo pretende modificar a forma de comercialização dos combustíveis, através da Petrobras, mas ainda não informou como pretende fazer isso, sem que a estatal tenha prejuízos, já que os preços são comandados pelo mercado internacional. Enquanto os estudos sobre o assunto vão continuar sendo feitos, o positivo na questão é que a medida foi mantida, ao menos até o final de fevereiro.

Batalha perdida: sem mais motivos para manter protestos, acampados deixam a frente dos quartéis

Não há mais o motivo, a causa, a possibilidade de algum resultado positivo. Por isso, os acampamentos de manifestantes à frente dos quartéis, nas capitais e em centenas de cidades brasileiras, estão sendo desmontados. Alguns já o foram totalmente. Outros, como na frente da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, no centro de Porto Velho, entre as ruas Carlos Gomes e Duque de Caxias, estão praticamente desativados. No meio da tarde da segunda-feira, feriado local, apenas três ou quatro barracas e não mais de meia dúzia de pessoas ainda estavam no local. Na Capital rondoniense os manifestantes, todos patriotas, todos sonhando com um Brasil melhor, fizeram tudo o que puderam para pedir liberdade, respeito às manifestações, fim da censura imposta, principalmente por ministros do STF e apoio das forças militares. O mesmo que o fizeram milhões de brasileiros em todos os recantos da Nação. Mas os protestos não foram ouvidos. As Forças Armadas não consideraram que havia espaço para qualquer tipo de intervenção. O então presidente Bolsonaro viajou para os Estados Unidos. Seu substituto, o general Mourão, fez um pronunciamento criticando Bolsonaro e pedindo que os acampamentos fossem desativados. Depois da posse oficial do presidente Lula, não havia mais contra o que protestar nas ruas. Então, as áreas ocuipadas começaram a ser esvaziadas. Não havia mais motivo algum para mantê-las.

Flori assume prefeitura de Vilhena com o desafio de conseguir grandes resultados em apenas dois anos

Há um novo prefeito em Rondônia. Numa solenidade com presença de muita gente, na Câmara Municipal de Vilhena, o policial federal Flori Cordeiro Miranda Júnior assumiu um mandato de apenas dois anos. Ele e seu vice, Aparecido Donadoni, foram empossados no domingo, numa cerimônia comandada pelo novo presidente da Câmara de Vereadores, Samir Ali, do Podemos. Na cerimônia, os Vereadores entregaram um cheque simbólico no valor de 2 milhões e 500 mil reais, fruto da economia de recursos do Legislativo no ano de 2022. O dinheiro será usado nas áreas de saúde e educação. Flori é uma nova liderança política do Cone Sul do Estado. Ele chegou ao cargo depois de uma eleição suplementar, quando o então prefeito, Eduardo Japonês, foi defenestrado do cargo, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral, por abuso do poder econômico. Flori foi eleito com mais de 63 por cento dos votos e assume a Prefeitura com a missão de dar andamento aos projetos em benefício da comunidade e, obviamente, colocar em prática temas que levou à comunidade, como promessas de campanha. Seu desafio será fazer tudo o que precisa ser feito na metade do tempo que todos os demais Prefeitos das cidades rondonienses terão. Não será fácil a trajetória do novo prefeito da principal cidade do Cone Sul rondoniense. O paulista Flori Júnior, aos 43 anos, nascido na cidade de Capão Bonito, policial federal depois de mais de uma década atuando como advogado, contudo, aceitou o desafio e pretende dar aos vilhenses um governo municipal à altura do que eles esperam e precisam.

Fernando Máximo e Pimentel, mais dois nomes que aparecem como possíveis candidatos à Prefeitura

A quase dois anos da eleição municipal, não param de surgir eventuais candidatos para a disputa pela Prefeitura da Capital. Já há pelo menos oito nomes que têm surgido nas conversas de bastidores: Mariana Carvalho, Marcelo Cruz, Léo Moraes, Vinicius Miguel, Daniel Pereira, Fátima Cleide, Cristiane Lopes e Mauro Nazif. Mas as citações e possibilidades se ampliam. Há pelo menos mais dois políticos que têm sido citados constantemente como aptos a entrar nesta relação. O primeiro deles é o médico Fernando Máximo, o deputado federal com maior votação no Estado (85.600 votos), dos quais quase 46 mil foram conseguidos na Capital do Estado. Ele tem sido consultado constantemente sobre o assunto, mas tem respondido apenas que sua meta é ser apenas um deputado federal exemplar para Rondônia. O outro é também daqueles personagens que jamais podem ser ignorados, pelo potencial político e de votos. Trata-se do ex-secretário de saúde do Estado e da própria Capital, o atual deputado estadual Williames Pimentel. Na última eleição para a Assembleia, ele superou os 10 mil votos, mas, mesmo tendo conquistado um mandato, ficou esperando por decisões judiciais por mais de três anos e meio, até assumir o posto que lhe era de direito e justiça.

Márcio Pacele assume Câmara de Vereadores, que é praticamente unânime no apoio ao governo de Hildon Chaves

O domingo também marcou a mudança de comando na Câmara de Vereadores da Capital. Assume o vereador Márcio Pacele, do PSB, que assume a presidência, substituindo o vereador Edwilson Negreiros, que teve dois mandatos à frente do legislativo municipal. Além de Pacele, assumiram também os vereadores Militino Feder Júnior, do PL, como primeiro vice;  o conhecido jornalista Everaldo Fogaça, do Republicanos, como segundo vice; Jurandir de Oliveira, do PL, como terceiro vice. Gilber Merces, do Podemos, será o primeiro secretário; Wadison Neves, do União Brasil, como segundo secretário e Waniel Martins, do PV. Mesmo com a mudança, o apoio ao governo de Hildon Chaves continuará igual, já que  o Prefeito conseguiu formar ampla maioria na Câmara da cidade há longo tempo. São raros os pronunciamentos ou ações que tenham algo parecido com algum tipo de oposição. Mesmo em questões complexas, como é o caso do aumento do IPTU em algumas áreas da cidade que ficará até 100 por cento mais cara, nos próximos três, o apoio do legislativo foi praticamente unânime. Mesmo vereadores que tinham posição de confronto com a administração municipal, como é o caso de Elis Regina, mudaram seus rumos políticos e hoje estão aliados a Hildon Chaves. A grande aceitação do governo de Hildon, entre a população, com apoio ao Prefeito em sua grande maioria, também causou esta adesão forte dos vereadores.

Perguntinha

Na sua opinião, quem poderia ser o novo grande ídolo dos brasileiros, depois que se foram estrelas como Ayrton Senna e Pelé, o eterno Rei do Futebol?

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