RO, Domingo, 05 de maio de 2024, às 15:35



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Direita e esquerda se lambuzam com dinheiro público que falta aos mais pobres e aprovam fundo eleitoral de quase R$ 5 bilhões

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se posicionou a favor de destaque para reduzir o valor para cerca R$ 900 mi, mas proposta foi rejeitada em plenário

BRASÍLIA – Na sessão do Congresso para aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA), o fundo eleitoral bilionário para as eleições de 2024 uniu o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL), legendas declaradamente adversárias. Ambas as siglas defenderam o valor de R$ 4,9 bilhões de reais, previsto no relatório do projeto.

O montante é mais que o dobro do fundo de 2020, que foi R$ 2 bilhões, e iguala a verba das eleições presidenciais de 2022.

Plenário da Câmara dos Deputados – 20/12/2022REUTERS/Adriano Machado

A medida foi uma das que mais provocou discussões durante a votação do Orçamento 2024, que foi votado nesta sexta-feira (22).

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O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que o valor fosse o mesmo das eleições de 2020, mas corrigido pela inflação.

Pacheco disse que se comprometeria a fazer um ajuste com o Congresso em 2024, caso o Legislativo aceitasse um destaque apresentado pelo Partido Novo para reduzir o valor do fundo eleitoral ao mesmo montante apresentado pelo governo, aproximadamente R$ 900 milhões.

Entretanto, o destaque foi rejeitado. As maiores bancadas do Congresso – PT e PL – optaram pelo fundo eleitoral maior, de olho nas eleições de 2024.

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), explicou porque o partido apoiou o valor apresentado no relatório. “Sempre defendemos financiamento público de campanha”, disse, ainda no plenário da Câmara, à CNN.

Já o líder do PL, Altineu Côrtes (PL-RJ), defendeu em plenário o valor do fundo. O parlamentar justificou que 2020 foi uma eleição atípica em razão da pandemia. “O valor é alto? É alto, nós devemos discutir a unificação das eleições, mas não dá para comparar com as eleições que nós tivemos durante a pandemia”, discursou.

Por: Gabriela Pradoda, da CNN em Brasília

Fonte: CN Brasil






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