RO, Domingo, 05 de maio de 2024, às 21:39



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Depois de seis décadas dedicadas a cultura rondoniense, Sílvio Santos passa ao plano celestial

PORTO VELHO – Faleceu, aos 74 anos, na madrugada deste sábado, 30, em decorrência de complicações da covid-19, o jornalista, compositor, carnavalesco e músico e ativista cultural Silvio Santos, o Zé Katraca, autor da coluna Lenha na Fogueira, publica diariamente neste expressaorondonia e em vários outros sites no estado. Sílvio é uma referência na área da cultura rondoniense.

A confirmação do passamento de Sílvio Santos foi enviada a imprensa pela esposa de Silvio Santos. “Meus amigos da cultura, venho lhes informar com imensurável pesar no coração, que meu esposo Silvio Santos não resistiu ao covid e, infelizmente, faleceu as 00:40h da madrugada de hoje 30”.

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Zé Katraca ativista cultural

“Após 2 anos de fundação, o jornal Diário da Amazônia considerou que precisava de uma coluna especializada em cultura e devido ao ativismo cultural do Silvio Santos [Zé Katraca], ele foi convidado e aceitou o pedido”, disse Carlos Sperança, amigo do Zé Katraca.

O Silvio Santos manteve durante anos a coluna sobre cultura Lenha da Fogueira no jornal Diário da Amazônia. Antes do Diário, ele trabalhou no extinto jornal ‘O Estadão do Norte”, sempre na área da cultura. O jornalista integrava também a Academia Rondoniense de Letras.

“O Zé katraca tinha um último sonho, que inclusive já estava fazendo, que era escrever colunas para o impresso, porque ele sabia que o público dele estava no impresso. Ele era campeão de acessos, o colunista mais lido tanto no jornal impresso quanto no eletrônico”, comentou Carlos Sperança.

Sempre foi um defensor ferrenho da cultura, divulgando essa área e cobrando das autoridades mais investimentos no setor. Era comum vê-lo nos eventos promovidos no Mercado Cultural. O Carnaval e o São João de Porto Velho tinham sua marca registrada. Não se falava em cultura sem citar o nome de Zé Katraca.

Além disso, ele foi um dos fundadores e integrava a direção da Banda do Vai Quem Quer, maior bloco carnavalesco de rua da região Norte. Conhecido também por causa bom humor, e das boas risadas na redação.

“Uma curiosidade, há um ou dois anos quando tinha bastante gente de idade na redação, a gente começou a brincar sobre quem iria primeiro [falecer] e qual seria a melhor manchete, Zé Katraca disse sorrindo – seria a melhor manchete quando morresse: se foi o saudoso Zé Katraca – é como ele gostaria de ser lembrado”, brincou Carlos Sperança.

Zé Katraca havia apresentado melhoras nos últimos dias após a família fazer uma campanha para arrecadação de dinheiro por meio das redes sociais para compra de um medicamento de alto custo que seria fundamental para sua recuperação.

“Esse período de pandemia, foi um período muito doloroso, tivemos muitas perdas como a do Marcelo, Adão, Chagas e agora o Zé Katraca”, finalizou com muita emoção, Carlos Sperança.

Sepultamento

A saída do cortejo para o sepultamento do jornalista Silvio Santos (Zé katarca) sairá às 10:00 da Funerária Ramos, localizada na avenida 7 de Setembro com João Goulart.

O sepultamento será no Cemitério Recanto da Paz, em frente a UNIR.

Texto do Diário da Amazônia






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