OURO PRETO DO OESTE (RO) – Em que pese a administração municipal de Ouro Preto do Oeste – a 330 quilômetros da capital, Porto Velho – ter reputação de ser bem gerida e cumprindo com aquilo que a população espera, parece que na área da Saúde a situação não acompanha o mesmo ritmo. Tangido pelo grande volume de reclamações da população, a Promotoria de Justiça da Comarca resolveu intervir em questões pontuais, mas que não vinham funcionando a contento.
Assim, a representação do Ministério Público de Rondônia no município instaurou procedimento para acompanhar medidas a serem implementadas em Ouro Preto do Oeste na estruturação e aprimoramento de serviços prestados pela rede de atenção básica de saúde. O MP cobra aparelhamento de unidades de saúde, melhorias de fluxo e ajustes na prestação de serviços realizados por agentes comunitários.
Na última semana, a promotora de Justiça Marlúcia Chianca de Morais realizou reuniões com responsáveis pelas áreas com a finalidade de identificar problemas relacionados à estrutura das unidades, falhas na regulação de atendimento e, ainda, deficiências no cumprimento de atribuições de agentes comunitários de saúde, entre outros temas.
Nos encontros, foram traçadas estratégias e discutidas ocorrências registradas de modo frequente nos locais, como falta de regulação para exames e consulta de competência municipal; falhas na aderência da população a campanhas vacinais; necessidade de capacitação técnica para agentes comunitários; necessidade de disponibilização de material de EPI, além de computadores, tablets e motocicletas para melhoria dos trabalhos desempenhados por estes servidores.
A promotora esteve reunida com a coordenação de atenção básica, enfermeiros e administradores de todas as unidades básicas de saúde de Ouro Preto em reunião realizada no último dia 31. Já na última quinta-feira, 4, ela teve encontro com 82 agentes comunitários de saúde e epidemiológico.
Como resultado do diálogo, ficou definido que os desacertos serão corrigidos. Todas as reclamações e necessidades foram registradas e serão analisadas de maneira aprofundada pelo MP, que fiscalizará e acompanhará, por meio de procedimento, os atos da administração pública sobre o assunto.
Foto: Gerência de Comunicação Integrada (GCI-MPRO)
