Retorno ao tema político para reiterar que não consigo enxergar, por mais que eu me esforce, a mais remota possibilidade de a ex-senadora Fátima Cleide lograr êxito na corrida pela prefeitura de Porto Velho. No máximo, um sexto, sétimo ou oitavo lugar, como aconteceu com o seu “companheiro” de partido, Ramon Cujui Freitas, na eleição de 2020, que teve mirrados sete mil e sessenta e novo votos, ou seja, 3,22%, apesar de respeitar os que vivem no mundo encantado da fantasia, achando que a petista tem bala na agulha suficiente para competir em pé de igualdade com as feras da politica municipal. Afinal, assim como chorar é livre, sonhar também o é. Lembrando que, dependendo do motivo, nem sempre chorar traz alívio.
Concordo que ainda é cedo demais para dizer que esse ou aquele concorrente será o vitorioso. É verdade. O quadro eleitoral ainda nem se definiu, as convenções sequer ocorreram, e o mais poderoso instrumento de campanha – o horário eleitoral na televisão e no rádio, que de gratuito só tem mesmo o nome -, ainda está longe de acontecer, fato é que as mais recentes pesquisas eleitorais apresentam números que apontam para uma polarização entre a ex-deputada federal Mariana Carvalho e o ex-deputado federal e atual diretor geral do Detran, Léo Moraes. Acho que o deputado federal Fernando Máximo estaria entre os favoritos, principalmente se contasse com o apoio de seu padrinho político, governador Marcos Rocha, caso não tivesse sido atropelado na largada por gente do seu próprio partido.
Tudo indica que teremos uma eleição muito dividida. Lembrando que o prefeito Hildon Chaves tem peso para fazer pender a balança eleitoral para o lado que ele estiver não importando a coloração partidária. Tanto Mariana Carvalho quanto Leo Moraes são vistos e estimados por parcela expressiva do eleitoral portovelhense, o mesmo se não pode dizer da pré-candidata petista, cujo partido perdeu a capacidade de mobilização, como ficou evidente no ato público de 1º de maio, quando Lula reclamou da meia dúzia de gatos-pingados que estava no evento. Com a imagem do PT desfigurada e a popularidade do presidente Lula caindo pelas tabelas, só um lunático poderia acreditar na vitória de Fátima Cleide para a prefeitura de Porto Velho.
*Por Valdemir Caldas
