PORTO VELHO (10-02) – O Governo de Rondônia adota uma estratégia de comunicação no mínimo questionável quando o assunto envolve a secretaria estadual de Justiça (Sejus), o órgão responsável pela política e operacionalização do sistema prisional de Rondônia. A mesma tática tem sido adotada pelo sindicato dos policiais penais, antes sindicato dos agentes penitenciário de Rondônia, quando o assunto é corrupção no sistema envolvendo agentes penais.
A reportagem do expresssaorondonia.com.br tentou no final da manhã desta quinta-feira saber da secretaria de Justiça que medidas serão adotadas para os agentes penais de Jaru, presos por determinação da Justiça, acusados de negociar regalias aos presos, entrada de celular na unidade prisional, liberação de festas com churrasco e até remoção para outros presídios, tudo em troca de pagamento de propina.
Silêncio total! Tanto da comunicação do Governo quanto do sindicato da categoria.
No governo, nossa reportagem ficou sabendo que a Sejus até gostaria de informar sobre as medidas determinadas pela Justiça que serão adotadas, mas a orientação da Casa Civil é para não se manifestar.
Será que a Casa Civil acredita que a população – tão atormentada por furtos e assaltos praticados por presos que deveria estar no sistema penitenciário ou monitorado, mas estão nas ruas – não tem o direito de saber como o Governo está gerindo o sistema?
O mesmo acontece em relação a fugas de presos – uma rotina no sistema prisional de Rondônia -, quando não se consegue uma única declaração da secretaria ou do sindicato.
Não custa lembrar que todo o sistema penitenciário também é bancado pelos impostos arrancados do contribuinte.
Logo, conforme rege os artigos da Constituição Federal sobre transparência das ações dos gestores públicos, merecem saber o que faz o Governo para combater esses dois problemas: corrupção praticada por agentes penais e fugas de presos.
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