RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 23:59



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Brasil ladeira a baixo – metade dos alunos do 5º ano não são alfabetizados e 71 por cento no 3º não sabem matemática

Sérgio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA – A qualidade do ensino no Brasil, que já era muito ruim, piorou mais ainda durante os mais de dois anos de ausência nas aulas presenciais, durante a pandemia que assolou o Brasil inteiro e, claro, Rondônia também. Os números todos, no geral, são mais que preocupantes. São assustadores! Alguns deles foram informados pelo próprio ministro da Educação, Vitor Godoy Veiga, numa entrevista ao Jornal da Manhã, da rede Jovem Pan de rádio e TV, nesta semana que está terminando. Nela, Godoy Veiga contou, por exemplo, que no terceiro ano (são crianças na faixa acima dos oito anos de idade), em relação à Língua Portuguesa, 54 por cento dos mais de 4 milhões e 600 mil testes feitos, os alunos ainda não estão alfabetizados. Mais: em relação a crianças do 4º ano (acima dos nove anos), 44 por cento ainda não foram alfabetizadas. E, ainda pior, o mesmo acontece com 20 por cento das crianças que estão na 5ª série. Poderia haver notícia ainda mais arrasadora em relação ao ensino de primeiro grau (o de segundo não difere muito, em avaliações nacionais!)? Claro que pode! Segundo o Ministro da Educação, das crianças que estão no 3º ano, 71 por cento não dominam as quatro operações básicas, ou seja, soma, diminuição, divisão e multiplicação. Já na 5ª série, metade dos estudantes nada sabem, nas questões básicas da Matemática. Correndo atrás do prejuízo, o governo brasileiro está lançando programas específicos de recuperação escolar, como, por exemplo, um plano em que, após o diagnóstico, um aplicativo permite ao professor agrupar seus alunos por nível de conhecimento, para apressar o aprendizado. Novos materiais pedagógicos estão sendo aplicados, para que os professores trabalhem na sala de aula.

Em Porto Velho, o ensino municipal felizmente não está num nível tão ruim, mas também tem problemas, principalmente depois da pandemia. Segundo a ativa secretária Gláucia Negreiros, por aqui há o programa Avalia Porto Velho, uma política de avaliação da Língua Portuguesa e de Matemática, que é feita desde 2017. A regressão no aprendizado foi notória, já que os números do levantamento feito em 2021, ainda na pandemia, apontaram grande atraso no aprendizado. “Os números dos últimos cinco anos, comprovam que a pandemia prejudicou ainda mais o aprendizado”, destacou Gláucia Negreiros. A secretária ainda destacou que, sobre os números de 2019, por exemplo, 18 por cento dos alunos da zona urbana, do 3º ano foram retidos no mesmo ano escolar, por não terem conseguido serem alfabetizados. Na zona rural, este percentual cresceu para 19 por cento de reprovações. Ou seja, no ensino básico, tanto em nível nacional quanto em nível local, temos enormes desafios a superar, em termos de qualidade e agilidade no ensino.

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Republicanos lança Mariana ao Senado, com elogios do governador e da ex-ministra Damares Alves

Foi um dos mais concorridos eventos políticos do ano! Ariquemes fez festa para receber o governador Marcos Rocha, a ex-ministra Damares Alves e a agora candidata oficial do Republicanos ao Senado, a deputada federal Mariana Carvalho. Quando o presidente regional do partido, o deputado estadual Alex Redano abriu o encontro, um grande público se concentrava no Espaço Ariquemes, para o acontecimento que oficializou o nome de Mariana para o Senado. Em seu discurso, o governador Marcos Rocha foi só elogios ao partido aliado, ao seu comandante e ao que o Republicanos representa hoje em Rondônia. Sobraram também palavras de apoio e incentivo para Mariana. A ex-ministra Damares Alves, que também concorre ao Senado, mas pelo Distrito Federal, deixou todos os seus afazeres para estar presente. Damares encheu os rondonienses de elogios e os ampliou ainda mais ao se referir à Mariana. Foi um evento importante, que mostrou não só a força da própria parlamentar, como o grande destaque do Republicanos, hoje o partido que mais cresceu no país e um dos que mais se expandiram em Rondônia. Sob o comando de Alex Redano, o partido sonha com até duas cadeiras à Câmara Federal e pelo menos quatro na Assembleia Legislativa. Além, é claro, da grande meta de eleger Mariana para a única vaga ao Senado.

Candidatos à Câmara Federal estão de olho nos eleitores de Mariana, Léo Moraes e Mauro Nazif

O caminho começa a ficar livre, em Porto Velho, para novas lideranças que sonham em chegar à Câmara Federal. A ajuda vem dos atuais parlamentares. Pelo menos três deles, muito bons de voto na Capital, devem estar fora da disputa pela reeleição. Mariana Carvalho, sempre uma das mais votadas na maior cidade do Estado, disputará o Senado. Léo Moraes, outro campeão de votos entre os porto velhenses, deve mesmo disputar o Governo. E o ex-prefeito Mauro Nazif, sempre com um eleitorado cativo, pode anunciar em breve que vai concorrer ao Senado e não à reeleição. Para quem estes votos vão migrar? Pelo menos dois nomes aparecem numa extensa relação de pretendentes a chegar ao Congresso: a apresentadora de TV e ex-vereadora Cristiane Lopes e o advogado e defensor de causas populares, Breno Mendes. De quem voltam à batalha do voto, não se pode esquecer da ex-senadora Fátima Cleide, líder petista que quer se eleger deputada. Há ainda, outro nome muito quente neste contexto: o do ex-secretário de saúde Fernando Máximo, que certamente terá boa votação em todas as regiões do Estado, mas que espera apoio especial de Porto Velho. Lindomar Garçon, que sempre tem grande votação em Porto Velho, é outro que quer para si os votos dos que não concorrem à reeleição. Da atual bancada federal, há pelo menos dois que também vão batalhar muito pelos votos dos eleitores da Capital: o presidente do PSD, Expedito Netto e o Coronel Chrisóstomo.

Marcos Rogério comemora MP que beneficia mais de mil profissionais da educação federal

Mais de mil servidores da área da educação federal, serão beneficiados pela Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, antes ainda de viajar aos Estados Unidos, para o encontro com o presidente Joe Biden. A decisão era esperada há décadas por profissionais da educação e o Sindisef, que representa a categoria, comemorou a decisão. O senador Marcos Rogério, do PL, foi quem anunciou a assinatura, destacando o esforço de toda a bancada federal, que pressionou muito o governo federal e atuou de forma constante, até que a MP da EBTT. Logo que chegou a Porto Velho, na madrugada de quinta-feira, vindo de Brasília, o senador rondoniense gravou um vídeo, comemorando a assinatura do documento e sua publicação no Diário Oficial. No Sindisef, o presidente Mário Jorge e sua diretoria, junto com professores que esperavam há longos anos o benefício que agora chega a eles, também fizeram questão de registrar agradecimentos a rodos os que contribuíram para a conquista. No vídeo, Marcos Rogério explicou ainda que os professores leigos, que ainda não foram contemplados, o serão em outra oportunidade, já que há um esforço da bancada federal junto ao governo, para que eles também sejam também atendidos ou por uma Portaria ou por uma nova Medida Provisória.

A volta do caso da dra. Ludmila, a juíza que ousou criticar a Lei Maria da Penha!

Claro que cada um interpreta as questões à sua maneira. Ninguém pode (ou não deveria poder), impor suas verdades a outra pessoa. Por isso, compreende-se as reações diferentes de leitores dessas mal traçadas linhas, em relação ao caso da juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, publicado neste espaço, na edição da última sexta-feira. Resumindo: o texto abordava o fato da Magistrada estar respondendo a processo no Conselho Nacional de Justiça, por ter emitido uma opinião pessoal, em seu Twitter, contra a Lei Maria da Penha, na questão em que vale apenas a opinião da vítima. Tanto quem opinou contra a juíza como os que a defenderam, ambos os lados com argumentos importantes e respeitáveis, contudo, talvez não tenham entendido o espírito do texto e a preocupação que ele transmitia. Sem exceção, os vários comentários se concentraram na análise sobre a magistrada, quem ela é, suas ideias, seus posicionamentos políticos e, ainda, ilações de que a dra. Ludmila quer sair como vítima do episódio. Pelo menos três leitores comentaram que ela quer se candidatar a um cargo no Congresso e por isso, constantemente estaria criando factoides. Lamentavelmente, o espírito do texto não foi compreendido.

Desde Geisel, a censura acabou. mas ela pode voltar, sob interpretações assustadoras do STF

O que o comentário queria transmitir, antes de tudo, é o enorme risco que estamos vivendo com sinais da volta da censura à opinião. O perigo que chega é a criminalização do sagrado direito de se dizer o que se pensa sobre determinado assunto, não importa se ele seja sobre a Lei Maria da Penha ou sobre as urnas eletrônicas ou se Lula é melhor que Bolsonaro ou Bolsonaro é melhor que Lula. O risco claro é este! O Brasil viveu, no governo militar, que a esquerda chama de ditadura militar (foram as duas coisas, na verdade!) uma censura de 14 anos. Ela durou desde 1964 até 1978, quando o então Presidente, o General Geisel, revogou todos os decretos que censuravam tudo. Ou seja, há 44 anos atrás, a liberdade de expressão e o amplo direito à opinião foi restaurado. E ampliado ainda mais na Constituição, assinada em 5 de outubro de 1988. Agora, a ameaça de censura está voltando, numa espécie de ensaio de uma ditadura decidida por parte importante de membros do Judiciário (leia-se Supremo Tribunal Federal). Decisões sob argumentos estranhos, para punir o direito à opinião, estão sendo exaradas seguidamente, infelizmente sob concordância de grande parte da sociedade. Aqui não se defendeu a dra. Ludmila, nem seus atos pessoais, nem seus projetos políticos e nem se tentou afagar eventuais crimes que ela cometeu ou venha a cometer. O que se defendeu foi o sagrado, amplo, irrestrito e constitucional direito à opinião, seja de quem for. Poucos entenderam isso!

Até que os ladrões de fios voltem! Prefeitura investe pesado na iluminação do Espaço Alternativo, que melhorou muito à noite

O vergonhoso e impune roubo de fiação elétrica e de lâmpadas da iluminação pública da Capital já causou prejuízos de mais de 300 mil reais só nos primeiros meses deste ano. Em todo o ano passado, os danos aos cofres municipais bateram no meio milhão de reais. Enquanto os ladrões e os receptadores continuam livres e praticando o mesmo crime todos os dias, Prefeitura e Estado acertaram convênio para a manutenção de pontos onde há maior incidência do problema. Um destes locais é o Espaço Alternativo, de responsabilidade do Estado, mas onde a Prefeitura tem agido, graças à parceria concretizada. O diretor técnico da Emdur, Eduardo Pires, informou que, apenas neste mês, tiveram que ser repostos nada menos do que 800 metros (isso mesmo, quase 1 quilômetro!) de lançamento de cabos subterrâneos no local, além de fechadas todas as caixas de passagem da rede elétrica nos pés dos postes e, também, foram retiradas e isoladas as ligações clandestinas, conectadas ilegalmente no sistema. Com a recolocação dos cabos, foi possível ativar nada menos do que 40 pontos de luz. Enfim, enquanto as quadrilhas agem sem serem incomodadas pelas autoridades policiais, a Prefeitura da Capital faz sua parte. O Espaço Alternativo, pelo menos por algum tempo, está bem iluminado. Até, claro, os bandidos arrancarem tudo de novo!

Iphan recebe recursos para “garimpagem” arqueológica, preparando obras de restauração do Príncipe da Beira

O instituto do Patrimônio Histórico, Iphan, órgão federal comandado em Rondônia pelo competente e dedicado Augusto Celso da Silva (filho do casal de pioneiros, o radialista Miguel Silva, infelizmente falecido e da professora Nazaré), tem muitos desafios pela frente, mas, parece que a partir de agora, ao menos terá apoio financeiro para algumas importantes realizações. A principal delas tem relação com o Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques. Ao participar do programa Papo de Redação, com os Dinossauros do Rádio (segunda a sexta, das 12 às 14 horas, na rádio Parecis FM, em rede estadual), Augusto confirmou a liberação de 1 milhão e 500 mil reais para início de um grande projeto de restauração do Forte, uma das principais atrações de Rondônia e de toda a região norte. O Forte, aliás, concorre para ser considerado um patrimônio da Humanidade, pela Unesco, embora isso ainda não tenha ocorrido. Antes da restauração, é necessário um amplo trabalho de investigação arqueológica, para que não se perca nada do local histórico. É para isso que a verba do Iphan será utilizada. O Forte Príncipe da Beira está sob a jurisdição do Iphan, mas a concessão é do Exército Brasileiro. Essas duas instituições trabalharão juntas, como tem feito em outros projetos para que, em alguns anos, o grandioso monumento à nossa História, construído pelos portugueses, foi iniciado em 1776, mas concluído e inaugurado apenas em agosto de 1783, ou seja, sete anos depois. Os trabalhos, primeiro de uma “garimpagem” arqueológica e depois de restauração, devem começar em breve.

Assembleia Legislativa homenageia memória do professor Vitor Hugo e grande trabalho pelo estado do conselheiro Edilson Silva

Assembleia Legislativa viveu, na manhã da sexta-feira, momentos de emoção e história. Por iniciativa do deputado Alan Queiroz, representante de Porto Velho no parlamento, foram feitas duas homenagens das mais justas, a personalidades rondonienses. Uma que infelizmente já se foi e foi lembrado “in memoriam”. Outro que continua prestando serviços inestimáveis ao seu Estado. A Medalha do Mérito Legislativo foi entregue à viúva do professor Vitor Hugo. Neste ano, ele comemoraria 100 anos. Dona Auxliadora Lobato recebeu a honraria, em nome da família, composta por seis filhos (dois biológicos e quatro que ela chama “do coração”), 15 netos e 10 bisnetos. A outra personalidade homenageada com grande justiça, foi o conselheiro do Tribunal de Contas, Edilson Silva. Alan Queiroz lembrou que a iniciativa da entrega da honraria ao homenageado foi dos próprios servidores da ALE, o que emocionou ainda mais o competente ex-presidente do TCE.  As presenças de dezenas de autoridades de praticamente todos os setores da sociedade (destacaram-se muitas personalidades do Judiciário, entre elas o presidente do TJ, desembargador Marcos Alaor Diniz), deixaram claro o grande respeito que a história do professor Vitor Hugo e a vida dedicada a Rondônia, em todas as suas atividades, do conselheiro Edilson Silva, têm da coletividade desta terra.

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Você considera que o encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o americano Joe Biden, na quinta-feira, foi positivo, negativo ou não vai mudar nada em relação às questões mais importantes do nosso país?






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