RO, Sexta-feira, 19 de abril de 2024, às 2:30



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Bairro Embratel, berço do vice-prefeito e da deputada federal Mariana Carvalho, pede socorro! Moradores pedem segurança

PORTO VELHO – A história do início do que hoje é chamado Bairro Embratel – agora já na região central de Porto Velho, não tem a mesma origem de bairros o ‘Meu Pedacinho de Chão’ ou ‘Liberdade’, derivados de deslocamento de famílias que viviam em áreas próximas ao rio Madeira e que sofriam muito com alagações no período do inverno amazônico. O bairro Embratel surgiu a partir de meados da década de 1970 e impulsionou seu crescimento com a construção da rodoviária da capital, em 1980.

O Embratel, cujo quadrilátero vai da avenida José Vieira Caúla até a Avenida Tiradentes e da Jorge Teixeira até a Rio Madeira, tem muitas histórias, uma associação de moradores, cujo presidente é muito difícil ser encontrado, já foi palco de grandes comícios e concentrações políticas no famoso ‘Campo do 13’ e é berço do atual vice-prefeito de Porto Velho, Maurício Carvalho e da deputada federal Mariana Carvalho, cujos pais, Aparício Carvalho (médico e ex-vice-governador do Estado) e a economista e professora Maria Sylvia Carvalho, donos das faculdades Fimca e Metropolitana, moram bem a lado do campo há muitos anos.

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Aparício e Maria Sylvia mudaram para o bairro Embratel há mais de 30 anos, quando a região ainda era calma, não tinha o frenesi que tem hoje e até se podia dormir de janelas abertas.

Bons tempos!

Hoje, os moradores do Bairro Embratel vivem aterrorizados por grupos de bandidos que assaltam casas, ameaçam moradores, roubam fiações elétricas e o que encontram pela frente. A última vítima foi a família moradora na rua atrás da maternidade municipal, que teve a fiação da casa roubada em plena luz do dia.

Em qualquer lugar do bairro, espremido entre as avenidas Rio Madeira e Jorge Teixeira e em sentido norte/sul pelas ruas Tiradentes e Vieira Caúla, o sentimento é um só: “Muito medo”, respondeu um homem que mora na Rua Uruguai perto do campo do Treze. Como todos outros temem se identificar, e a explicação é simples.

“Se botar meu nome na imprensa os bandidos vêm direto em cima da gente”, disse uma mulher residente na Rua João Pedro da Rocha. As histórias são muitas, inclusive de cadeados cortados com máquinas especiais.

“Só pode ser algo assim, porque o cadeado da minha porta foi cortado por eles e só não entraram que deixaram cair uma coisa, fez barulho, eu acordei e acendi a luz, mas ainda vi os dois fugindo”, disse outro morador.

O medo está em todo o lugar.

Mesmo durante o dia há assaltos. Quem conseguiu se livrar, “por pura sorte”, foi uma trabalhadora que ia pela Duque de Caxias e, quase na esquina da Jorge Teixeira, foi abordada por dois motoqueiros. “Eles queriam minha bolsa, mas aí apareceu um homem numa moto e os ladrões fugiram”.

Histórias têm muitas, mas o temor de vinganças é maior do que a raiva. “Se os caras invadem hospital para matar pessoa internada, imagina nós”, disse um vendedor ambulante que faz ponto na rodoviária.

QUADRILHA

A ação dos bandidos não é isolada, e passa muito pela certeza de que se trata de uma quadrilha que estaria envolvendo marginais de todos os tipos. Numa das casas arrombadas, cujo morador estava ausente, uma pessoa contou que os ladrões entraram, colocaram vários objetos em dois carrinhos de mão e foram andando.

E menos de 100 metros depois uma caminhonete saiu da esquina, parou, eles botaram o roubo em cima e desapareceram, conforme outra testemunha que disse ter chegado a telefonar para a Polícia, mas acabou desistindo.

A sensação dos moradores do Embratel quando o assunto é o aumento da violência é a mesma de qualquer parte do país. “A gente denuncia, a polícia prende, um dois ou três dias depois os ladrões estão outra vez na rua e, pior, caçando quem denunciou”, foi o que disseram tanto vítimas quanto quem ainda está sobrevivendo sem ser vítima.

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