RO, Segunda-feira, 06 de maio de 2024, às 1:24



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As armas que a Ucrânia quer e não terá

O Ocidente está determinado a ajudar a Ucrânia o quanto for necessário para derrotar o invasor russo, mas nunca a ponto de aparecer aos olhos de Moscou como um partido co-beligerante e escalar para uma guerra maior ou global. Existem armas que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e seus parceiros nunca colocarão nas mãos de Kyiv.

A análise é do jornalista Enrique Figueredo, no jornal espanhol La Vanguardia, edição desta quarta-feira. ?

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky continua insistindo que seu exército precisa de mais armas, mais modernas e mais poderosas.

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No momento, as armas mais leves e as unidades de cavalaria ficaram em segundo plano e o que é necessário, do ponto de vista ucraniano, é poder de fogo e, acima de tudo, sistemas antimísseis poderosos e de longo alcance. E nisso, o Ocidente só pode ajudar pela metade. O sistema de mísseis dos EUA mais poderoso, preciso e comprovado é o dos lançadores Patriot, que foram lançados e  usados ​​pelos Estados Unidos no Iraque e se tornaram muito comuns nas crônicas de guerra.

Uma plataforma tão poderosa e de longo alcance quanto os Patriots daria às forças ucranianas uma vantagem esmagadora sobre os russos.

Mas os Patriots não chegarão ao solo ucraniano por dois motivos principais –coincidindo com outras armas e outros países de origem– que poderiam ser agrupados em um: não provocar a Rússia mais do que o necessário.

O sistema antimísseis que, por exemplo, impediu ataques contra posições israelenses ou norte-americanas durante as duas guerras do Golfo requer pessoal altamente especializado e, nas atuais circunstâncias, forçaria o envio de pessoal norte-americano em solo ucraniano. Isso é inviável.

Essa é uma das duas razões, mas há uma segunda, que é que seu eventual desdobramento seria entendido por Moscou como envolvimento direto dos EUA na guerra, havendo ou não botas americanas no terreno.

As urgências de Zelensky em relação à necessidade da Ucrânia de sistemas antimísseis mais robustos e pesados, e em geral com um arsenal mais sofisticado, se intensificaram desde que as ações russas se concentraram na região de Donbass, sobre a qual uma tempestade de artilharia foi lançada com mísseis e munições projetadas por armas fixas ou móveis.

[Pelos destaques internacionais: Montezuma Cruz]






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