RONDÔNIA – Diante de problemas no Vacinômetro, órgãos de controle e municípios dialogam sobre o aprimoramento da ferramenta digital, possibilitando ajustes nos dados e envio de novas remessas de imunizantes contra a Covid-19 para Rondônia.

A Associação Rondoniense de Municípios (AROM) promoveu, no fim da tarde de segunda-feira (15), uma reunião para discutir uma solução célere para por fim no atraso de informações repassadas ao Ministério da Saúde sobre a vacinação nos municípios. A demora em atualizar os dados impede o envio de remessas da vacina com mais agilidade. Para resolver a questão, a Associação conversou com o município de Jaru, que disponibilizará um software, desenvolvido junto à prefeitura de Porto Velho e o qual tem acelerado muito a alimentação dos dados no sistema nacional.

O presidente da AROM, Célio Lang, explanou que o assunto tem grande urgência, mas que, com o trabalho conjunto da Associação, os órgãos de controle e os municípios, é possível reverter o quadro. Atualmente, na escala nacional, Rondônia se encontra em último lugar nos índices de vacinação.

“Precisamos ajustar tudo com o estado, com a Agevisa e com os órgãos fiscalizadores para que eles entendam as nossas necessidades e também para que nós tenhamos uma orientação de como melhorar isso”, ressaltou o líder municipalista.

O prefeito de Jaru, João Gonçalves, informou que o sistema usado no município tem ajudado imensamente. Desde a instalação, Jaru é indicada nos bancos de dados e transparência como a cidade com mais vacinas aplicadas em Rondônia.

O líder municipalista de Jaru explicou que o sistema usado no município é variante de outro, criado pela prefeitura de Porto Velho. “Porto Velho criou um tipo de vacinômetro. Nossos técnicos então entraram em contato com os técnicos da capital para entender o funcionamento e fazer as alterações necessárias”.

Com esta solução, é possível procurar pessoas cadastradas no e-sus, preencher os dados necessários e já enviar para o sistema, que conversa com o software nacional. Àqueles que não possuem dados no e-SUS, é possível realizar um cadastramento rápido do cidadão.

O superintendente da Controladoria Geral da União em Rondônia, Dr. Miguel Maurício Kurilo, falou que os órgãos estão muito preocupados com a situação de Rondônia e, por conta disso, incentivam a instalação do sistema feito pelas prefeituras de Jaru e Porto Velho o mais rápido possível.

Ele também destacou que é essencial dar prioridade a alimentação do sistema nacional. Segundo o doutor, muitos municípios estão inserindo dados no vacinômetro desenvolvido pelo Governo do estado, porém, para que novas remessas sejam enviadas, estes números precisam estar no software nacional.

O Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Paulo Curi Neto, registrou a preocupação do órgão com as dificuldades encontradas pelos municípios e reafirmou o compromisso do TCE-RO em ajudar, como puder, para sanar as dificuldades encontradas pelos gestores municipais.

O Conselheiro falou também como é preciso uma aproximação entre os líderes dos executivos municipais e a Agevisa, que possui representação em Rondônia e pode auxiliar muito as equipes que estão a frente da vacinação. “É com a vacinação que venceremos essa pandemia”.

O Ministério Público de Rondônia, representado pelo Promotor Julian Farago, se preocupa, principalmente, com municípios que estão criando grupos prioritários no âmbito municipal e que tem dado prioridade a estes e, posteriormente, a pessoas que estão na faixa etária para o chamamento.

Segundo o Promotor, o correto é priorizar apenas os grupos já definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI). Além disso, ele explicou que profissionais se transformam em grupos prioritários apenas após o pedido feito pela prefeitura ao Ministério da Saúde com justificativa plausível e aprovada. “Caso não tenha sido enviado esse pedido com justificativa, o grupo não é prioritário e não pode ser vacinado antes da população geral”.

O superintendente do Ministério da Saúde em Rondônia, Irgo Mendonça, disse que os técnicos do ministério também estão a disposição para reunir-se e entender o que é necessário. “Nós queremos ajudar, queremos acelerar essas vacinas, então, podem contar conosco para o que precisar”.

O prefeito de Mirante da Serra, Evaldo Antônio, destacou que, para a instalação deste sistema, é preciso que os técnicos de Jaru e de Porto Velho se reúnam com demais profissionais de outros municípios para explicar sobre o software e sua instalação. “Foi destacado a importância dos profissionais técnicos entenderem melhor e de nós realizarmos os investimentos necessários. É preciso que os técnicos dos municípios conversem e entendam para que o sistema seja instalado rapidamente “.

Ao final do encontro virtual as autoridades decidiram pela realização, o mais célere possível, de uma reunião entre os técnicos dos municípios para terem conhecimento do sistema e também para saber o que cada executivo municipal precisará para o funcionamento do software.

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