PORTO VELHO – Quem está acostumado a cobertura jornalística dos acontecimentos políticos não compreendia muito bem o comportamento do então empresário de sucesso no agronegócio, Jaime Bagattoli, que mesmo querendo ser candidato não cuidou de organizar para si um sigla que lhe garantisse a candidatura. Na insistente peleja para ser candidato ao Senado pelo PL, partido qo qual está filiado seu grande ídolo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, pareceu que o empresário não conseguiria superar a preferência do senador Marcos Rogério pelo empresário e ex-senador Expedito Júnior.

Na campanha, houve momentos de humilhação a Bagattoli imposta pela empáfia de Marcos Rogério e sua equipe, coalhada de gente arrogante que só pisa no chão porque não tem asas.

Catarinense de nascimento, rondoniense de adoção e de coração, Jaime Bagattoli, fez política à mineira. Engoliu sapos, aguentou a humilhação e botou o pé na estrada. Primeiro para convencer aos convencionais do Partido Liberal a apoiar seu nome ao senador e não uma composição com o PSD, de Expedito Júnior.

E conseguiu!

Depois caiu em campo defendendo Bolsonaro e suas ideias e tomou a cadeira no Senado que estava reservada para a então deputada federal Mariana Carvalho, que trocou a plumagem tucana por uma veste republicana. Mas deu com os burros n’água.

Agora, Bagattoli dá nova demonstração que aprendeu mesmo a fazer política às mineira. Em silêncio, costurou apoios no diretório nacional do Partido Liberal, deu uma rasteira em Marcos Rogério, devolvendo-lhe toda a humilhação de que foi vítima no processo eleitoral e deixou o arrogante senador de Ji-Paraná literalmente ‘rodado’, partidariamente falando.

O jornalista Sérgio Pires, que publica sua coluna ‘Opinião de Primeira’ aqui neste www.expressaorondonia.com.br anotou em sua coluna da edição de hoje o seguinte:

Todas as glórias aos vencedores. Quem perdeu, perdeu! É duro, mas é real. Derrotado na disputa pelo governo do Estado, o senador Marcos Rogério perdeu também o comando do PL rondoniense, onde reinava desde a fundação do partido, como um dos principais aliados de Jair Bolsonaro em Rondônia. Conquistou a função não só por sua liderança por aqui, mas principalmente por sua atuação na CPI do Circo, aquela criada sobre a Covid e que se tornou algo tenebroso na história do Senado brasileiro. Com a derrota de Bolsonaro para a Presidência e ascensão da esquerda, o PL achou melhorar colocar no comando do partido os vencedores da última eleição. Uma comissão provisória, que se tornará oficial em breve, tem no comando o senador Jaime Bagattoli. O vice-presidente é o Coronel Chrisóstomo e a secretária, a deputada federal reeleita Silvia Cristina. Marcos Rogério tem mais quatro anos de mandato e é muito provável que ele procure outra sigla para se abrigar, porque no atual contexto do PL, certamente ficou sem espaço. A decisão da mudança de comando da sigla, onde continua abrigando, entre seus membros, o maior nome nacional, o ex-presidente Bolsonaro, foi oficializada nesta semana.

Nem Marcos Rogério e nem Bagattoli comentaram oficialmente o assunto.

www.expressaorondonia.com.br, com informação do blog opiniaodeprimeira

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