RO, Sexta-feira, 20 de junho de 2025, às 12:27







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O mosqueteiro Mosquini monta trincheira para ‘peitar’ ‘abusos e injustiças’ do Ibama contra produtores em áreas proibidas

Mosquini quer reunir quase uma centena de parlamentares para debater a crise dos exageros do Ibama contra produtores da região que estão em áreas de preservação ou conservação

PORTO VELHO – Pródigo em editar leis para não as cumprir, editar uma lei para fazer cumprir outra já existente ou de criar áreas de preservação ambiental e abandoná-la aos devastadores, o Brasil segue em contra macha para enfrentar mais uma de suas contradições legais, fruto da boa intenção de alguns, mas desmantelada pelo senso de esculhambação geral em que vive o país. Trata-se do novo olhar do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que sob ordens da nova gestão do Ministério do Meio Ambiente colocou uma lâmina no pescoço de produtores rurais que ocupam áreas de preservação ou conservação, onde não deveriam estar.

O mesmo estado que fez vistas grossas quando essa gente entrou nestas áreas e começou a desmatar, formar fazendas, construir sedes, currais e iniciar a criação de gado, agora dá o exíguo prazo de cinco dias para a desocupação total. O que demorou – em alguns casos quase 20 anos – para ser construído terá de ser abandonado às pressas, sob riso de confisco e até mesmo ameaça de prisão.

Será que o estado não deveria ter agido quando as pessoas começara a invadir as áreas proibidas?

É uma batalha e tanto para os defensores do desenvolvimento a qualquer custo, mesmo considerando a posição draconiana do Ibama.

O deputado federal Lúcio Mosquini – ele mesmo um fazendeiro – está liderando uma nova frente política para contrapor ao rigor com que o Ibama está tratando esta questão e pretender reunir parlamentares das bancadas dos estados amazônicos para reforçar a trincheira.

O objetivo de Mosquini é acabar com os abusos, rediscutir o marco temporal de 2008, pressionar para que acabem os embargos do Ibama, que têm dado apenas cinco dias para que produtores retirem seus animais e saiam de suas propriedades em áreas consideradas de preservação. Atuar, via Congresso, para amenizar a situação das centenas e centenas de produtores rurais e suas famílias, que estão sofrendo a pressão e que podem perder tudo.

Com a pauta definida, já está agendada uma reunião para o próximo dia 10 (próxima quarta-feira), na Câmara Federal. Com a  iniciativa, Lúcio Mosquini pretende reunir quase uma centena de senadores e deputados de toda a região Norte, para discutir o assunto e buscar alternativas.

Segundo o deputado, “o objetivo é reunir os representantes no Congresso, dos setes estados que compõem a grande região, mas também acrescentar a bancada do Mato Grosso, para tratar sobre as recentes operações e embargos realizados pelo Ibama”. Os estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Tocantins, e Amapá, possuem oito deputados federais e três senadores cada, já no Pará são dezessete deputados e três senadores.

A bancada federal de Mato Grosso também foi convidada para participar do evento. Ao todo serão 73 deputados e 24 senadores convidados para o evento, ou seja, somando quase 100 parlamentares.

A batalha de Mosquini e dos seus pares será no sentido de conter o que eles consideram exageros que estão sendo praticados contra os criadores de gado, principalmente, mas também contra todos os produtores.

www.expressaorondonia.com.br, com informações do blog opiniaodeprimeira

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