PORTO VELHO – “Aqui todos somos líderes, estamos aqui porque queremos a revisão do resultado da eleição”, proclamam seguidamente os oradores desde a manhã do dia 31 de outubro, um dia após o Tribunal Superior Eleitoral proclamar o resultado do pleito.

Qualquer participante em frente ao quartel da 17ª Brigada de Infantaria de Selva não aponta lideranças. “Estamos aqui porque queremos, nossa manifestação é pacífica, não tem confusão e sempre conhecemos mais gente e mais pessoas que chegam pela primeira vez”, lembrou uma funcionária municipal de Porto Velho.

Para as crianças o espaço oferecido pelo parque desportivo da 17ª, é um bom atrativo, porque brincam, se misturam em grupos e conhecem novas pessoas, como disse o menino Pedro, 9 anos.

“Aqui está bom até porque trazendo para cá tiramos nossos filhos de frente da televisão e eles podem começar a aprender e praticar o     que as escolas não ensinam”, disse Ana, moradora da Zona Leste. Como outros pais, a presença dos garotos no evento serve para eles conhecerem e até cantarem hinos pátrios.

Os garotos Jorge e Paulo, ambos com 10 anos, chegavam a cantar, em “capela”, trechos da Canção do Expedicionário e da Canção da Infantaria que, como outros tocam várias vezes durante o dia.

Famílias inteiras participam da manifestação, o que até vem permitindo criação de novas amizades, gente de todas as classes sociais, comitivas de vários municípios do Estado e, como não poderia faltar, uma festa para os ambulantes que chegam a cobrar 8 reais por uma garrafinha de água de coco.

No campo de futebol da Brigada, onde se concentram os manifestantes, várias barracas fofam armadas para reduzir o calor imenso que tem feito todos os dias, sendo que o horário de maior participação, como não poderia deixar de ser é a partir das 17 horas, quando famílias inteiras, mais de 95% vestindo camisas amarelas ou envolvidas na Bandeira brasileira se somam aos que estão ali.

Para quem veio dos outros municípios, onde também estão acontecendo movimentações, a maioria usa caminhões lonados para passar a noite, ou se ajeita nas barracas numa espécie de vigília que dura a noite toda.

Até esta manhã não havia previsão de desocupar o local. “Os militares nos tratam bem, nós fazemos a manifestação, mas sem qualquer alteração. E nada pedimos além do que, pelo que conseguimos saber de outros estados, também é a proposta de lá”, disse uma mulher moradora de Candeias.

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