VILHENA – No final da manhã desta segunda-feira, 4, o prefeito de Vilhena, Eduardo Japonês (PV), e o secretário de Saúde, Afonso Emerick, concederam entrevista coletiva no auditório do Palácio dos Parecis, sede do governo municipal, para falar sobre ao aumento do número de casos de covid-19 no município.
Ontem, segundo o boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, o maior município do sul rondoniense tem 448 casos ativos. E, segundo o secretário de Saúde, hoje o número de casos confirmados deve passar de 100. “A situação é gravíssima, os leitos de enfermaria da Central de Atendimento à covid-19 estão lotados e os leitos de UTI bem próximos de sua capacidade”, disse.
Dos 12 leitos de UTI em funcionamento em Vilhena para atendimento de pacientes com a covid, nove estão ocupados. Sete desses pacientes estão entubados.
Para tentar diminuir a onda de transmissão do vírus, o prefeito Eduardo Japonês disse que irá publicar amanhã, terça-feira 05, um novo decreto restringindo as atividades em alguns comércios. De acordo com ele, entre as atividades que devem fechar estão bares, lanchonetes e balneários.
Ele disse ainda que se reunirá com representantes dos municípios do Cone Sul para tratar de ações de enfrentamento à covid e irá pedir ao Ministério Público que recomende aos municípios da região que também façam restrições afim de diminuir os contágios.
Segundo o secretário, a rede pública de saúde tem realizados mais de 200 atendimentos diários de pessoas com sintomas da covid, número mais elevado do que no auge da pandemia no ano passado.
Sobre a ocupação dos leitos reservados a pacientes com covid, Emerick disse que a preocupação é maior por que Vilhena vem recebendo pacientes de outras cidades. Segundo informação da secretaria municipal de Saúde, dos 24 pacientes internados ontem (domingo) na Central de atendimento a covid-19, seis eram de outros municípios (um de Cerejeiras, dois de Chupinguaia, um de Ministro Andreazza e dois de Conquista do Oeste, no Mato Grosso).
Tanto o prefeito quanto o secretário foram enfáticos no pedido à população para que sigam as orientações de isolamento social. “A gente pede a compreensão da população de que estamos vivendo tempos difíceis, que a pandemia não acabou. Não é hora de ficar na esquina fumando narguile. Não é hora de visitar a tia. Se você não tem a necessidade de sair, fique em casa”, disse o secretário de Saúde, sendo complementado pelo prefeito: “nós não queremos intervir na vida do cidadão, mas nesse momento precisamos. Se não houver uma cooperação da população, se os casos continuarem subindo, a gente não quer, mas seremos obrigados e decretar o fechamento total dos serviços não essenciais”, disse o prefeito.
Fonte: Folha do Sul
