RONDÔNIA – Nos próximos dois meses, cerca de 500 residências e estabelecimentos comerciais do Baixo Madeira ganharão novas ligações elétricas. São moradores e empreendedores das localidades de Demarcação, São Carlos, Nazaré e Calama que tiveram o fornecimento comprometido nas cheias de 2014. Eles serão reintegrados ao sistema, graças à inclusão das localidades no Luz para Todos, programa do governo federal realizado pela Energisa, que busca universalizar o acesso à energia elétrica em áreas rurais.

As quatro localidades do Baixo Madeira, assim como os 42 municípios em todo o estado de Rondônia, constam do banco de dados lançado pela Energisa essa semana. A ferramenta, disponível no link clicando aqui, indica os lugares que receberam investimentos do programa em 2020 e os que receberão esse ano.

De acordo com o gerente da Energisa responsável pelo projeto, Alfredo João de Brito, quem mora em uma dessas localidades, pode entrar em contato com a concessionária para garantir que sua residência seja contemplada no plano de trabalho. “Já temos mais de 500 unidades mapeadas e podemos atender endereços em um raio de até dois quilômetros de distância de onde estão programadas novas ligações, mas é importante comprovar residência no local” afirma.

Materiais estão sendo levandos de balsa até as comunidades

O comerciante e administrador distrital de Calama, Lagenilson Pinto da Silva, conhecido como Abelha, ajudou a equipe de projeto a identificar as localidades que deveriam ser atendidas pelo projeto. “Muitas famílias reclamam da qualidade, porque só tem energia por meio de um fiozinho, muito longo. Agora, terão energia de verdade”, afirma.

O supervisor técnico da concessionária, Sebastião Santiago Junior, explica que essas redes frágeis são rabichos (ligações clandestinas). Ele planejou toda a logística para garantir que a execução ocorra em dois meses e conta que o grande desafio do projeto é construir uma rede robusta, que aguente as condições ambientais da região. “São cerca de 60 quilômetros de rede, grande parte dela passando na margem do Rio Madeira que é sujeita a muitos desbarrancamentos. Precisaremos lidar com a vegetação na região, que não é nativa, mas é bastante densa e também com os ciclos de cheia do rio”, conclui.

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