RO, Quarta-feira, 23 de abril de 2025, às 19:44






Viva a Vida – Para planos de saúde, é mais barato pagar multas aplicadas pela Justiça que diária de UTI ao segurado

Em um dos casos mais recentes, o advogado Wilson Vedana protocolou uma ação emergencial no último domingo, 2, às 23 horas, sob o número 7011163-89.2025.8.22.0001, obtendo decisão judicial favorável para a internação imediata do paciente. Operadora não cumpre

PORTO VELHO – O Brasil é um país onde a vida é sempre relevada em relação à vantagem econômica, com se pode deduzir pelo modus operandi das empresas de planos de saúde, sempre ávidas a cobrar parcelas caríssimas e pontuais na negativa de atendimento quando o segurado mais precisa. Pacientes clientes do plano Viva a Vida, de Porto Velho, por exemplo, denunciam que, em situação de gravidade permanecem desassistidos e sem acesso ao tratamento adequado, o que pode agravar quadros clínicos e colocar vidas em risco.

Em matéria veiculada no site JH Notícias, no final da manhã desta segunda-feira de carnaval, a operadora de saúde Viva a Vida é alvo de duras críticas e denúncias por parte de pacientes e familiares que enfrentam graves dificuldades para conseguir atendimento de emergência e internações, mesmo com decisões judiciais que garantem o acesso imediato.

Segundo relatos, o plano vem negando atendimentos sob a alegação de carência contratual – uma prática já contestada diversas vezes na Justiça. Em um dos casos mais recentes, o advogado Wilson Vedana protocolou uma ação emergencial no último domingo, 2, às 23 horas, sob o número 7011163-89.2025.8.22.0001, obtendo decisão judicial favorável para a internação imediata do paciente. Contudo, até o momento, a operadora não cumpriu a ordem judicial.

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Ao consultar o advogado responsável pela causa, Wilson Vedana destacou que “as grandes empresas constantemente vêm lesando consumidores, e esse abuso não pode ocasionar em ceifamento de vidas”. Segundo ele, a estratégia da operadora se baseia em um cálculo econômico: as multas aplicadas pela Justiça são tão baixas que acabam sendo compensadas pelo custo elevado diário de uma UTI, o que torna a negativa de atendimento uma prática economicamente vantajosa para o plano, mesmo que coloque vidas em risco.

Enquanto isso, pacientes em situação de gravidade permanecem desassistidos e sem acesso ao tratamento adequado, o que pode agravar quadros clínicos e colocar vidas em risco.

Fragilidade do sistema de fiscalização e a necessidade de mudanças

A conduta da operadora evidencia a fragilidade do sistema de fiscalização do setor e ressalta a necessidade urgente de uma revisão na legislação, com o aumento das penalidades para planos de saúde que descumprem decisões judiciais e prejudicam consumidores vulneráveis.

O que diz a ANS

Até o fechamento desta matéria, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não se manifestou especificamente sobre o caso da operadora Viva a Vida. No entanto, a agência reforça que os planos de saúde devem cumprir rigorosamente as decisões judiciais e que a negativa de atendimento em situações de urgência e emergência é ilegal.

Pacientes e familiares afetados afirmam que continuarão denunciando essas práticas abusivas e cobrando medidas mais rigorosas, na esperança de evitar que interesses econômicos se sobreponham à saúde e à vida dos consumidores.

Fonte: www.expressaorondonia.com.br, com i9nformações do JH Notícias

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