Vaqueiro Magaiver passou 19 dias internado após coice de boi e, agora, sobrevive a descarga elétrica de raio na zona rural de Vilhena

VIHENA – Seu nome de nascimento é Edimar Teodoro Dias, profissão vaqueiro e outras atividades rurais, mas podem chamá-lo de Magaiver, aquele personagem do seriado americano que dava jeito para tudo e sobrevivia aos mais incríveis acidentes. Já foi parar no hospital após o coice de um boi e, na tarde desta quarta-feira, sobreviveu mais uma vez ao ser atingido para um raio que normalmente incinera tudo em volta de onde cai. Magaiver, ou melhor, Edimar, apenas desmaiou e recobrou os sentidos enquanto seu companheiro de trabalho buscava ajuda, a cerca de quatro quilômetros

Por telefone, a reportagem do Folha do Sul on Line entrevistou o vaqueiro Edimar Teodoro Dias, de 44 anos, que na tarde de ontem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de ser atingido por um raio na zona rural de Vilhena.

Empregado em uma fazenda na região da Lagoa Azul, próximo à divisa de Rondônia com Mato Grosso, a cerca de 35 km da área urbana de Vilhena, Edimar estava removendo um fio de arame para ir buscar bois em uma área de mato, quando foi atingido violentamente pela descarga elétrica.

“Eu só ouvi o pipoco antes de desmaiar”, conta o vaqueiro, que estava junto com um colega de trabalho, que executou massagens cardíacas tentando fazê-lo recobrar os sentidos. Após perceber que ele “não voltava”, o companheiro de trabalho andou cerca de 4 km para “buscar recurso” na sede da propriedade.

O acidentado conta que, até o colega voltar, ele recobrou a consciência, mas não conseguia andar. Ao comentar o fato de sobreviver a um tipo de descarga que geralmente acaba em morte, o bem humorado “caubói” disse: “eu acho que morri, mas Deus não me quis lá em cima”.

“IMORRÍVEL”

Edimar contou ao site que já foi vítima de outro acidente grave cerca de 8 anos atrás, quando trabalhava em uma fazenda em Colorado do Oeste, onde levou o coice de um boi, que atingiu seu rosto, causando fraturas gravíssimas.

O golpe bovino foi tão violento que o trabalhador ficou internado 19 dias e precisou passar por cirurgia feita por um especialista buco-maxilo em Cacoal. E garante já ter enfrentado outros acidentes “menos graves”, o que parece ser uma rotina em sua vida e em seu trabalho.

Fonte: Folha do Sul