RO, Domingo, 19 de maio de 2024, às 10:32



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“Um sábado que nunca esperei”, diz carnavalesco na ausência da Banda na rua; “sentimento de luto e de solidariedade com as vítimas da covid e seus familiares”

PORTO VELHO – Desde dezembro do ano passado que a “Banda do Vai Quem Quer” decidiu, e anunciou, que para evitar contaminações entre foliões e quem estivesse trabalhando no desfile do sábado “gordo”, neste dia 13 de fevereiro, e em respeito às famílias das vítimas da covid. Para a presidente da banda, Siça Andrade, “apesar de toda nossa solidariedade para com os familiares dos mortos e dos doentes, quando acordei neste sábado me senti vazia”.

O sentimento tem sido o mesmo de parte de outro carnavalesco importante, inclusive, e muito, para a Banda, o compositor e jornalista Sílvio – Zé Catraca – Santos. “Eu nem queria sair de casa. Foi como se tivesse morrido uma pessoa da família”, disse o titular da coluna diária “Lenha na Fogueira”, sempre com assuntos voltados para a cultura. “Um sábado que nunca esperei, disse Zé Catraca, fundador do maior grupo carnavalesco da Amazônia Ocidental.

Siça disse que logo ao acordar, “e sentir um vazio que não acaba mais”, coloquei um CD da Banda para “pelo menos matar um pouco da saudade, mas mesmo assim teve de sair de casa para ajudar os que estavam na sede d b\anda onde se trocava uma camisa por alimento não perecível, a ser doado a carentes. “Aqui estamos numa situação assim meio perdidos, mas a suspensão da saída da Banda foi por uma razão justa e de respeito e solidariedade, então temos de ficar torcendo para a doença ir embora e que nós tenhamos um bom carnaval ano que vem”.

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Siça também afirmou que não iria passar no local onde a Banda se organiza, a partir da manhã de sábado, na Praça das Caixas d’Água. “Não dá”, mesma resposta de Zé Catraca, que ontem disse só ter ido à sede da Banda porque foi levar a esposa que estava ajudando no atendimento a quem trocava alimentos por uma camiseta.

Conhecido compositor ganhador de vários carnavais desde as disputas entre a sua escola de samba, a Pobres do Caiari e a Diplomatas, Zé Catraca disse que a Banda não havia preparado nem musica para o desfile. “Meu filho, o Silvinho Santos, até que fez uma para o não desfile, mas vai ficar por isso mesmo”.

Outro carnavalesco criado na Pobres do Caiari, o historiador e membro da academia  Rondoniense de Letras Anísio Gorayeb, apesar de sentir falta da Banda, “temos de nos juntar num sentimento de falta maior, que é das vítimas da covid e seus familiares. Creio que a decisão da Banda é uma demonstração de que não se trata apenas de um componente do carnaval, mas de respeito às vítimas e parabéns à presidente Siça”.






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