NOVA UBIRATÃ (MT) – Uma tragédia abalou a cidade de Nova Ubiratã, em Mato Grosso, na noite do último sábado, 5. Um boi atingiu violentamente o peão José Thaysson durante sua apresentação em um rodeio local, causando sua morte. Dezenas de espectadores testemunharam a cena chocante, que comoveu profundamente a comunidade.
José, experiente nas arenas, mesmo tendo apenas 20 anos, foi lançado ao chão e acabou sendo pisoteado pelo animal. Equipes de socorro se aproximaram rapidamente, mas o peão não resistiu aos ferimentos. A organização do rodeio lamentou o ocorrido e prestou homenagens ao competidor em suas redes sociais.
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Paixão e risco: o lado sombrio da tradição
O rodeio é uma das manifestações culturais mais populares em diversas regiões do Brasil, especialmente no Centro-Oeste. No entanto, a morte de José evidencia um aspecto por vezes negligenciado: o alto risco envolvido na profissão. Os peões enfrentam desafios extremos, montando animais com peso e força descomunais, em movimentos imprevisíveis.
Apesar do uso de coletes e capacetes obrigatórios, nem sempre os equipamentos são suficientes para evitar tragédias. As reações dos animais, muitas vezes nervosos ou estressados, podem resultar em quedas perigosas e situações fatais em poucos segundos.
Comoção e homenagens em rede nacional
Assim que as autoridades confirmaram a morte, páginas especializadas em rodeio imediatamente publicaram homenagens. Em Nova Ubiratã, a comunidade transformou a arena em espaço de luto. Colegas e a equipe técnica observaram um minuto de silêncio para honrar José.
Organizadores de eventos por todo o Estado abriram suas programações com tributos ao peão. Os amigos de José garantem que sua memória preservará para sempre a coragem e a paixão que ele dedicava a cada montaria.
Segurança nas arenas volta ao centro do debate
A tragédia também trouxe à tona a discussão sobre o reforço nas normas de segurança em rodeios. Entidades de proteção ao peão vêm pedindo mais rigidez na fiscalização e melhorias nos protocolos de emergência. A polêmica em torno da realização desses eventos, que misturam cultura, lazer e risco, volta ao radar das autoridades.
Enquanto isso, a família de José, seus amigos e toda a comunidade do rodeio tentam lidar com a perda de mais um competidor apaixonado por sua arte.
Perguntas e respostas
- Existem estatísticas sobre mortes em rodeios no Brasil?
- Sim, embora subnotificados, casos ocorrem com certa frequência, principalmente no interior.
- Os organizadores podem ser responsabilizados judicialmente?
- Em casos de negligência comprovada, sim.
- A prática do rodeio corre risco de ser banida?
A prática é legal, mas enfrenta resistência de grupos de proteção animal e de alguns setores da sociedade.
Fonte: JK Notícias, via Folha do Sul on Line