RO, Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025, às 5:10






Teatro de luto – Morre aos 63 anos, no Rio, a atriz Claudia Jimenez

RIO DE JANEIRO – A atriz e humorista Claudia Jimenez, de 63 anos, morreu no início da manhã deste sábado, 20. Famosa por seus papéis cômicos na TV, como Dona Cacilda e Edileuza, a artista estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Ela já havia passado por pelo menos três cirurgias no coração e por tratamento de radioterapia para combater um câncer no tórax, diagnosticado em 1986. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Destaque no humor

Nascida no Rio de Janeiro em 1958, Claudia Maria Patitucci Jimenez formou-se no Curso Normal, especializando-se em dar aula para crianças. Em paralelo, dedicava-se ao teatro amador no Tijuca Tênis Clube e logo deslanchou na carreira de atriz.

Em 1978 faz sua estreia no teatro profissional, interpretando a divertida prostituta Mimi Bibelô na primeira montagem da “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, ao lado de Ary Fontoura e Marieta Severo. Vendo sua atuação no musical, o produtor Maurício Shermann a convidou para fazer um teste na TV Globo.

Claudia chegou à telinha em 1979, na série “Malu Mulher”. Na década seguinte, ela esteve em “Os Trapalhões”, trabalhou por quatro anos no programa “Viva o Gordo”, com Jô Soares, e também da série “Armação ilimitada”.

Já em 1982 iniciou uma parceria com Chico Anysio, primeiro no “Chico Anysio Show”, onde viveu várias personagens, como a ninfomaníaca Pureza e a sádica enfermeira Alda. Mas foi como a atrevida Dona Cacilda, da “Escolinha do Professor Raimundo” (1990-1995) que Claudia ganhou maior destaque para o público. Nas participações, ela desconsertava o cansado professor Raimundo, interpretado por Anysio, com suas tiradas de duplo sentido sexual. Seu bordão era “beijinho, beijinho, pau pau”, em referência à música “Beijinho, beijinho, tchau, tchau”, da apresentadora Xuxa, inspiração também para o visual de Cacilda.

Em uma entrevista ao Fantástico, em 2014, Claudia contou que Cacilda foi a personagem que mais amou. “Não era nem propriamente pelo personagem, mas pelo que eu vivi ali dentro. Foram seis anos de gargalhadas”.

Em 1996, veio outro grande personagem: Edileuza, empregada fogosa e desbocada da série “Sai de baixo”, ao lado de Miguel Falabella, Aracy Balabanian, Luís Gustavo e Tom Cavalcanti. Ela também fez participação em “Os Normais”, em 2002.

Nas novelas, ela fez participação especial na primeira versão de “Ti-ti-ti”, de 1985, e esteve em “Torre de Babel”, de 1998, “As filhas da mãe”, de 2001, no especial “Papo de Anjo”, em 2003, na novela “América”, “Sete Pecado”, em 2007, “Negócios da China”, em 2008, “Aquele Beijo”, em 2011. Em 2014, ela ainda participou da série “Sexo e as Negas”, de Miguel Falabella. Seu último papel na TV Globo foi em “Haja Coração”, em 2016.

Prêmios

A humorista teve uma carreira de sucesso, com a participação em 35 programas de televisão, entre novelas, séries e minisséries, em dez filmes e em sete peças de teatro. A artista recebeu premiações por seus trabalhos. O principal deles foi o de melhor atriz no Festival de Cinema de Brasília, na edição de 1991. Neste ano, Cláudia concorreu pelo filme “O Corpo” e levou o troféu para casa.

Claudia interpretou Beatriz, a Bia, na comédia dirigida por José Antônio de Barros Garcia. A personagem era uma das duas mulheres do protagonista Xavier, papel desempenhado por Antônio Fagundes que, no filme, também era casado com Carmen, vivida por Marieta Severo.

A artista também venceu o Prêmio APCA, oferecido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1991. A premiação foi dada pela atuação de Cláudia no papel de Dona Cacilda, na ‘Escolinha do Professor Raimundo’.

Claudia também foi nomeada para o prêmio de melhor atriz no Troféu Imprensa, de 1999, por seu trabalho na novela Torre de Babel. E para o Prêmio Contigo! de 2008, por sua atuação na novela Sete Pecados.

Fonte: O Globo



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